Deputada será acionada por ataque à memória de médico, irmão de Sâmia Bomfim, que foi assassinado no Rio. Já o ex-delegado, que se gaba dos assassinatos na profissão, vai responder pelo “conjunto da obra”.
A bancada do PSOL vai entrar com representação no Conselho de Ética da Câmara nesta quinta-feira (6) para pedir a cassação dos mandatos dos bolsonaristas Éder Mauro (PL-PA) e Coronel Fernanda (PL-MT) em meio à série das agressões contra parlamentares da legenda nos últimos dias.
Segundo informações obtidas pela Fórum, a bancada vai acionar Coronel Fernanda pelo ataque à memória do médico Diego Ralf Bomfim, irmão de Sâmia Bomfim (PSOL-SP), assassinado em um quiosque no Rio de Janeiro, durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira (4).
Já Éder Mauro, que se gaba dos assassinatos cometidos quando era policial, será acionado no Conselho de Ética pelo “conjunto da obra”, segundo apurou a Fórum.
Além da agressão contra o deputado Rogério Correia (PT-MG), o PSOL incluirá o ataque do bolsonarista ao bancário Bruno da Silva, que protestava durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, também nesta quarta-feira (5).
Mauro também foi um dos responsáveis pelas agressões verbais à deputada Luiza Erundina na Comissão de Direitos Humanos. Após quase 2 horas e meia de ataques, a deputada pegou a palavra para discursar sobre um projeto relatado por ela, mas passou mal e teve que ser internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Sirio Libanês, em Brasília.
A internação repercutiu fortemente no plenário, com deputados cobrando o presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), a tomar medidas contra as recorrentes ações violentas de aliados de Jair Bolsonaro (PL) contra parlamentares progressistas.
Erundina passou a noite no hospital acompanhada de duas assessoras. O quadro da deputada, de 89 anos, é estável e ela já conversava com amigos na noite desta quarta-feira.