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Um levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) aponta que o estado pode deixar de comercializar entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões em exportações, por ano, com o aumento das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na manhã desta quinta (31), o presidente da FIERN, Roberto Serquiz, se reuniu com lideranças dos diferentes setores, como sal, pescado, balas e pirulitos, e materiais recicláveis, que estão entre os mais afetados pela taxação adicional de 50% sobre produtos brasileiros. A estimativa é que o tarifaço colocaria em risco uma média de 4 mil postos de trabalho no RN.
““Isso coloca em risco empregos, arrecadação de impostos para o Estado e a manutenção de um mercado”, alertou Airton Torres, presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Sal do RN (SIESAL-RN).
Dentre 47 produtos exportados pelo Rio Grande do Norte para os Estados Unidos, apenas dois entraram na lista de exceção e não serão tarifados com a taxação de 50% estabelecida por Donaldo Trump: o óleo combustível e a castanha de caju.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Pesca do Estado do Rio Grande do Norte (Sindipesca-RN), Arimar França Filho, 80% das exportações de pescado do Estado são destinadas aos Estados Unidos.
“Estamos tentando mitigar, pedindo a isenção total do nosso óleo diesel. Mas o mais importante para a pesca, caso se mantenha o aumento tarifário de 50%, seria a abertura do Mercado Comum Europeu“, Análise.
Dentre os produtos mais exportados no primeiro semestre de 2025, estão os óleos de petróleo, os peixes frescos ou refrigerados, os produtos de origem animal, as pedras de cantaria ou construção e os produtos de confeitaria sem cacau, que tem 70% da produção destinada aos Estados Unidos, além do sal.
Na tarde desta quinta foi a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Sedec) que emitiu uma nota informando que está monitorando de forma contínua os desdobramentos das taxações anunciadas por Trump desde que elas começaram, em março de 2025, para orientar estratégias e ações que minimizem os impactos econômicos sobre o setor produtivo potiguar.
SAIBA+
De 47 produtos exportados pelo RN para os EUA, apenas dois escaparam do tarifaço de Trump
