O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu aos líderes da União Europeia (UE) nesta quinta-feira (6) que apoiassem a ideia de uma trégua entre as forças russas e ucranianas no ar e no mar, dizendo que seria uma chance de testar a vontade de Moscou de encerrar sua invasão de três anos.
“Todos precisam ter certeza de que a Rússia, como única fonte desta guerra, aceita a necessidade de encerrá-la”, disse Zelenskiy, discursando em uma cúpula em Bruxelas, onde os líderes europeus se reuniram para discutir os gastos com defesa e o apoio à Ucrânia depois que os Estados Unidos interromperam a ajuda militar a Kiev.
“Isso pode ser provado por duas formas de silêncio que são fáceis de estabelecer e monitorar, a saber, nenhum ataque à energia e outras infraestruturas civis – trégua para mísseis, bombas e drones de longo alcance – e a segunda é a trégua na água, o que significa nenhuma operação militar no Mar Negro”, acrescentou Zelensky.
De acordo com o líder ucraniano, a libertação de todos os prisioneiros de guerra também pode ser um meio de estabelecer “confiança básica”.
Zelensky mais uma vez enfatizou a necessidade de aderir ao princípio de nenhuma conversa sobre a Ucrânia sem a Ucrânia depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, se envolveu em conversas bilaterais com a Rússia, deixando Kiev e os líderes europeus de lado.
“Qualquer coisa que afete a segurança da Europa deve ser resolvida com a participação da Europa”, ele acrescentou, acolhendo um novo plano de rearmamento para aumentar os gastos de defesa da UE.
A cúpula em Bruxelas acontece após um desastroso confronto Zelensky-Trump no Salão Oval na semana passada, e semanas de duras críticas a Zelensky pelo governo Trump enquanto o presidente dos EUA pressiona pelo fim imediato da guerra da Rússia na Ucrânia.
“Deixe-me enfatizar mais uma vez que os ucranianos realmente querem a paz, mas não ao custo de desistir da Ucrânia”, disse Zelensky.
Como autoridades ucranianas e americanas concordaram em realizar uma reunião na próxima semana, Zelenskiy expressou esperança de que ela fosse “significativa”.
Com informações da CNN