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O ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), está no centro de um escândalo eleitoral no Rio Grande do Norte, ao aparelhar a estrutura do Governo Federal para viabilizar sua candidatura ao Senado.
Marinho, conhecido por sua participação nas reformas trabalhista e da previdência, apostou no eleitorado bolsonarista e no apoio dos prefeitos através do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), órgão sob sua tutela.
A jornalista Thaisa Galvão revelou que o Tribunal de Contas da União determinou a devolução de equipamentos agrícolas distribuídos às vésperas das eleições. Contrariando a informação de doação, os equipamentos foram apenas emprestados e estão sendo devolvidos após questionamentos na Justiça Eleitoral.
Os municípios “beneficiados” agora enfrentam notificações do DNOCS, evidenciando a utilização abusiva da estrutura federal na campanha de 2022. O escândalo levanta questionamentos sobre a transparência na distribuição de recursos públicos e coloca em xeque as práticas eleitorais do senador.
Rogério Marinho lançou sua candidatura ao Senado em agosto de 2022, distribuindo equipamentos para 39 municípios potiguares. A origem dos recursos, provenientes do chamado “orçamento secreto” de Jair Bolsonaro, intensifica a polêmica em torno do uso indevido de verbas públicas para consolidar apoio político. O episódio destaca a necessidade de investigações rigorosas e reforça a importância da transparência no cenário político brasileiro.