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Pipas deixam quase 28 mil imóveis sem energia no RN, quatro vezes mais que em 2024

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O número de clientes potiguares afetados por falta de energia devido ao enroscamento de pipas nos cabos de distribuição saltou de 6.913 em 2024 para 27.849 em 2025, entre janeiro e o início de agosto. O levantamento é da Neoenergia Cosern, que alerta para os riscos da prática em áreas próximas à rede elétrica.

Segundo a distribuidora, o crescimento expressivo das ocorrências representa um aumento de 302,9% no comparativo entre os dois anos. Quando calculado o impacto considerando a média de 2,88 moradores por domicílio, conforme o Censo 2022 do IBGE, mais de 80 mil pessoas foram diretamente atingidas pelas interrupções no fornecimento de energia.

As cidades que registraram maior número de casos foram Natal, com 19 ocorrências e 12.774 clientes prejudicados, seguida de Macaíba, com três registros e 6.117 clientes afetados. Parnamirim também contabilizou três ocorrências, que deixaram 4.777 unidades consumidoras sem energia, enquanto Mossoró teve três registros que impactaram 2.665 clientes.

O supervisor do Centro de Operações Integrado da Neoenergia Cosern, Daniel Burgos, reforça que soltar pipas próximo a cabos energizados traz riscos graves.

“Soltar pipas deve ser feito em áreas abertas, distantes da rede elétrica. Linhas com cerol, além de danificar os cabos, podem causar acidentes mais sérios, como ferimentos em motociclistas e ciclistas”, alertou.

Para reduzir riscos, a distribuidora recomenda que a brincadeira seja realizada apenas em locais afastados da rede elétrica, evitando postes, transformadores e cabos. Também orienta que jamais se use fios metálicos ou papel laminado na confecção das pipas, nem cerol ou linha chilena, que além de cortar os cabos oferecem risco de acidentes fatais. Em caso de pipas presas na rede, somente equipes especializadas devem fazer a retirada. A Cosern reforça ainda que a prática deve ser evitada em dias de chuva ou ventos fortes.

Empinar pipas próximas a postes e fios de energia elétrica pode configurar crime ou infração no Brasil. Embora não exista uma lei federal específica sobre “pipa em poste”, atos que causem danos ao patrimônio público ou privado podem se enquadrar no Art. 163 do Código Penal, que prevê detenção de um a seis meses ou multa para quem destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia.

Chuvas e raios agravam problemas no fornecimento

Além dos incidentes com pipas, o sistema elétrico potiguar vem enfrentando outro desafio: as fortes chuvas que atingiram o estado. De acordo com a Neoenergia Cosern, mais de 2,1 mil raios foram registrados em menos de 48 horas, segundo dados da plataforma ClimaTempo.

Os temporais provocaram alagamentos em casas e ruas, abertura de crateras, suspensão de serviços e a interdição de vias importantes. Em algumas localidades, o fornecimento de energia precisou ser suspenso preventivamente por questões de segurança.

Entre as orientações de segurança em dias de chuva, a distribuidora recomenda desligar o disjuntor em imóveis alagados, não utilizar aparelhos elétricos estando molhado ou descalço e evitar o uso de extensões ou benjamins. Também é fundamental não se abrigar debaixo de árvores, varandas ou telhados durante as tempestades, não manusear objetos metálicos e não entrar em rios, açudes, praias ou piscinas até que as condições climáticas se normalizem.

(tagstotranslate) rn

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