Em uma canetada, a gestão do prefeito Samuel Souto, da cidade seridoense de Ouro Branco-RN, deletou novamente onze empresas que participavam da tomada de preços que pretende contratar construtora de obra da biblioteca da cidade.
A licitação segue regras da antiga lei 8.666, de 1993, e foi iniciada em julho de 2023, mas segue embolada até agora. Um incompreensivo sistema de segregação promovido pela comissão de licitações nomeada por Samuel considera que empresas com dez, vinte anos de atuação erraram na documentação apresentada, embora algumas já tenham sido contratadas em diversas seleções mais rigorosas.
Ao custo de R$ 196 mil, a obra pode bater a casa dos R$ 280 mil se a única empresa que adivinhou toda a documentação tiver botado o valor máximo a ser pago pela Prefeitura de Ouro Branco. O processo já foi e voltou com confusões de documentação pedida pela comissão de licitação, e queixas levaram o prefeito a “desinabilitar” construtoras que haviam sido excluídas do processo.
A suspeita é possível tentativa de prejudicar empresas que não sejam da camaradagem do prefeito, e permitam um controle maior do gestor sobre as etapas da construção. O prefeito é conhecido por não confiar em ninguém.
Sem obras para apresentar de seu mandato até agora, o Prefeito de Ouro Branco, Samuel Souto, vem tentando concluir rebocos e pinturas de alguns prédios públicos para emplacar em seu programa eleitoral da campanha do ano vindouro, mas até correligionários do gestor estão incrédulos se essa manobra cosmética vai funcionar. Samuel herdou algumas obras quase concluídas da gestora anterior, Fátima Silva, e a construção da biblioteca seria sua primeira obra própria dele.
O caso deverá ir parar no Ministério Público, por ameaçar a boa conduta de processo licitatório.
FONTES:
https://www.diariomunicipal.com.br/femurn/materia/2B618D14
https://www.diariomunicipal.com.br/femurn/materia/78D8E5DD
https://www.diariomunicipal.com.br/femurn/materia/455F5B83
https://ourobranco.rn.gov.br/post/3816/biblioteca