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Luiz Marinho vai ao RS discutir medidas de combate ao trabalho análogo à escravidão

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, tem visita agendada ao Rio Grande do Sul na próxima segunda-feira (20). Ele deve ficar dois dias no estado para debater medidas e ações que impeçam novos casos de trabalho análogo à escravidão na região.

Luiz Marinho vai ao RS discutir medidas de combate ao trabalho análogo à escravidão

Esta será a primeira visita de Marinho ao RS desde que tomou posse. A agenda prevista contempla encontros com representações de trabalhadores, empresários e parlamentares.

A vinda do ministro acontece no momento de aumento de casos. Segundo auditores do Ministério do Trabalho (MTE) no RS, o número de trabalhadores resgatados do trabalho escravo no RS triplicou desde 2021. Naquele ano, os auditores ficais do trabalho resgataram 69 vítimas no estado. Porém, em 2022, foram 156 e, em 2023, já são quase 300.

De acordo com a assessoria do ministro, serão realizadas reuniões em Porto Alegre, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Uruguaiana. Senadores e deputados federais também estarão na comitiva. Marinho ainda deve se reunir com o governador Eduardo Leite (PSDB), para quem já telefonou a fim de marcar o encontro, que deve ocorrer na próxima terça-feira (21).

No mesmo dia, Marinho deve ir à Assembleia Legislativa para falar com os deputados estaduais. Encontros do ministro com produtores de vinho e arroz estão previstos igualmente, mas ainda sem confirmação data e local.

“Vamos dialogar para chegarmos a um acordo para evitar que essa situação volte a se repetir. Acredito que esse tipo de fato não interessa a ninguém. É inadmissível que ainda aconteçam situações como as registradas recentemente, não só no Rio Grande, mas em várias partes do país. Precisamos dar um basta nisso”, afirmou Marinho.

Audiência com centrais

Além disso, o ministro fará um encontro com as centrais sindicais. Segundo o presidente da CUT/RS, Amarildo Cenci, estratégias para combater novos casos serão colocados na mesa, tendo em vista que a luta contra o trabalho análogo à escravidão foi dificultada pela terceirização irrestrita, o desmonte das estruturas de fiscalização e pela reforma trabalhista.

O dirigente lembra que o tema esteve em pauta no seminário “Trabalho decente, sim! Trabalho Escravo, não!”, realizado na última sexta-feira (10), na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, onde as centrais sindicais apresentaram um manifesto com medidas concretas de combate ao trabalho escravo.

*Com informações da CUT/RS

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