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De passagem pela capital potiguar para participar do Encontro Estadual do PT, encerrado no último sábado (16), o presidente nacional da legenda, Edinho Silva, afirmou que a governadora Fátima “é um dos maiores quadros” do partido no país, elogiou o legado que ela deixará na gestão estadual e afirmou que a eleição dela ao Senado “é fundamental para o Rio Grande do Norte e para o Brasil”.
Em entrevista exclusiva à Agência Saiba MaisEdinho Silva lembrou que foi ministro quando Fátima Bezerra estava no Senado, durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Ele se referiu à correligionária como “uma senadora brilhante”, destacando principalmente sua atuação em defesa da educação.
“Fátima foi uma senadora brilhante, que debatia agendas importantes para o país, como a questão da educação, que precisamos aprofundar a discussão na direção de universalizar o ensino integral, o direito à creche. Esses são temas importante que uma senadora como ela, com a bagagem dela e o tamanho político dela vai colaborar bastante com o Brasil”, defendeu.
“Então, é fundamental para o Rio Grande do Norte que a Fátima volte para o Senado, mas também é fundamental para o Brasil, para a construção de uma agenda para o nosso país, sob a liderança do presidente Lula”, completou.
Edinho Silva ressaltou também que, além de contribuir com os temas nacionais, a governadora será “uma voz em defesa dos interesses do Rio Grande do Norte no Senado”.
“Ela será uma voz forte, contundente. Uma liderança que, certamente, vai defender o Rio Grande do Norte, vai defender a política de desenvolvimento do estado, vai trazer investimentos para que o estado continue crescendo e seja cada vez mais forte”.
Cadu é um “gestor que teria condições de ocupar qualquer cargo em qualquer governo”, defende presidente nacional do PT
O presidente nacional do PT também enfatizou que o partido também considera a eleição do secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier, pré-candidato a governador, como uma prioridade para “defender o legado da governadora Fátima Bezerra”.
Entre os exemplos desse legado, ele citou que, na segurança pública, uma área sensível para a maioria das gestões, a governadora conseguiu fazer com que o Rio Grande do Norte saísse da vexatória posição de estado mais violento do país em 2017 para o que mais reduziu os índices de homicídio em 2025, segundo o Atlas da Violência.
Edinho Silva destacou que Cadu “é um quadro muito preparado”, um “gestor de primeira grandeza” e um gestor que “teria condições de ocupar qualquer cargo em qualquer governo”.
“O Cadu é um grande quadro. Eu conheci ele durante o processo da eleição interna do PT, quando eu vim aqui ao Rio Grande do Norte. Ele é um quadro muito preparado, um gestor de primeira grandeza que teria condições de ocupar qualquer cargo em qualquer governo. É um líder, um jovem com capacidade de ponderação e de diálogo”, elogiou.
Para Edinho, Cadu tem potencial para ser “um grande governador para dar continuidade ao legado da Fátima”.
Ele pondera que a tarefa de Cadu, no entanto, não será apenas dar continuidade ao legado da governadora, mas também “enfrentar os novos desafios que serão colocados”.
“O Rio Grande do Norte tem crescido muito, tem se desenvolvido muito. Eu acho que as perspectivas do Rio Grande do Norte são as melhores possíveis, desde que tenha um governo com responsabilidade, com credibilidade e com capacidade de gestão”, pontuou.
““Brasil está sendo atacado por um governo fascista”, diz Edinho Silva sobre sanções dos Estados Unidos

Edinho Silva também analisou a conjuntura política nacional. Para ele, as sanções dos Estados Unidos contra o Brasil, anunciadas pelo presidente republicano Donald Trump, na tentativa de interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), representam um ataque de “um governo fascista” contra nosso país.
“Na minha avaliação, Trump é um governo fascista. Fascista pela forma como ele trata os imigrantes que trabalham nos Estados Unidos, pela forma como ele deporta esses imigrantes. O mundo civilizado precisa se levantar, porque senão ele vai transformar El Salvador num campo de concentração do século XXI”, alertou, citando os planos do republicano de ajudar o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, a construir novas prisões para receber os imigrantes deportados dos Estados Unidos.
Para o presidente nacional do PT, o mundo vive “um momento difícil de crescimento do fascismo”.
“Isso só aumenta a nossa responsabilidade enquanto, porque o Brasil é o maior país do mundo a exercitar a democracia direta (através do voto). Então, nós podemos, na eleição de 2026, reelegendo o presidente Lula, demonstrar ao mundo que é possível vencer a extrema-direita e, principalmente, essa concepção fascista que hoje cresce”.
Edinho Silva observou que o fascismo não ganhou espaço apenas nos Estados Unidos após a eleição de Donald Trump, mas também cresce em países importantes da Europa, como Itália, Alemanha, Polônia, França e Espanha.
“A Itália hoje é governada por uma primeira-ministra assumidamente fascista. Os nazistas, infelizmente, tornaram-se a segunda força política da Alemanha, um país traumatizado pelo nazismo. Nós vimos, nas últimas eleições, a direita ganhando na Polônia. Vimos a direita crescendo em países importantes, como na Espanha e na França, onde o presidente Emmanuel Macron teve que utilizar toda a sua capacidade de articulação política impedir a consolidação deles lá. Aqui, mais perto de nós, tivemos a vitória da extrema-direita na Argentina. Então, precisamos estar atentos ao que está acontecendo no mundo”, advertiu.
Reeleição de Lula em 2026 significará “vitória da democracia”, acredita presidente do PT
Par Edinho Silva, a reeleição de Lula em 2026 significará “a vitória da democracia e de um projeto de desenvolvimento de país que tem coragem de enfrentar os privilégios e a concentração da renda”, fazendo referência à proposta de taxação dos super-ricos defendida pelo governo federal.
Para ele, a tentativa de transformar a defesa do fim dos privilégios em uma disputa de “nós contra eles” é uma estratégia de “desqualificar o debate”.
“Não é nós contra eles. É discutir o que é privilégio e o que é justiça tributária. Eu acho que esse debate tem que ser feito para que a gente tenha um país de igualdade e oportunidade”, frisou.
