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Covid: estudo mostra consequências de não tomar o reforço da vacina

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O primeiro estudo a investigar as taxas de vacinação contra a Covid-19 em toda a população do Reino Unido – que inclui Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales – revelou que mais de 7 mil hospitalizações e mortes poderiam ter sido evitadas apenas no verão de 2022 se as pessoas estivessem com as doses de reforço em dia.

As consequências da não adesão ao reforço foram divulgadas em um artigo publicado na segunda-feira (15/1) na revista The Lancet. Os autores são pesquisadores da Health Data Research UK (HDR UK) e da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

O estudo mostra que 7.180 hospitalizações e mortes registradas após cerca de 40.400 casos graves de Covid-19 durante quatro meses no verão daquele ano poderiam ter sido evitadas se a população estivesse vacinada com todas as doses.

O Reino Unido foi pioneiro na vacinação contra a Covid-19 e considerado um modelo de sucesso, com mais de 90% da população com mais de 12 anos vacinada com pelo menos uma dose até janeiro de 2022. No entanto, a imunização com doses de reforço não teve a mesma adesão.

Cientistas da Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales analisaram os dados do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) de todas as pessoas com mais de 5 anos de idade dos quatro países entre junho e setembro de 2022.

“Os estudos de dados em grande escala têm sido essenciais para a gestão da pandemia, permitindo aos cientistas fazer descobertas relevantes para implementar políticas públicas rapidamente”, considera o professor Sir Aziz Sheikh, diretor do Instituto Usher da Universidade de Edimburgo, de pesquisa do HDR UK e co-líder do estudo.

Os indivíduos foram agrupados por situação vacinal. Aqueles que não receberam todas as doses de uma vacina para a qual eram elegíveis entraram no grupo de subvacinação.

No início da pesquisa (em 1º de junho de 2022), a taxa de subvacinação era de 45,7% na Inglaterra, 49,8% na Irlanda do Norte, 34,2% na Escócia e 32,8% no País de Gales. As taxas mais altas foram registradas entre os mais jovens, homens e moradores de áreas mais remotas.

“As vacinas contra a Covid-19 salvam vidas. À medida que surgem novas variantes, este estudo ajudará a identificar grupos da nossa sociedade e áreas do país onde as campanhas de saúde pública devem ser focadas e adaptadas para essas comunidades”, afirma Sheikh.

Pessoas com mais de 75 anos subvacinadas tinham uma probabilidade duas vezes maior de ter um desfecho grave de Covid-19 em comparação com as protegidas.

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