O primeiro estudo a investigar as taxas de vacinação contra a Covid-19 em toda a população do Reino Unido – que inclui Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales – revelou que mais de 7 mil hospitalizações e mortes poderiam ter sido evitadas apenas no verão de 2022 se as pessoas estivessem com as doses de reforço em dia.
O estudo mostra que 7.180 hospitalizações e mortes registradas após cerca de 40.400 casos graves de Covid-19 durante quatro meses no verão daquele ano poderiam ter sido evitadas se a população estivesse vacinada com todas as doses.
Cientistas da Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales analisaram os dados do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) de todas as pessoas com mais de 5 anos de idade dos quatro países entre junho e setembro de 2022.
Os indivíduos foram agrupados por situação vacinal. Aqueles que não receberam todas as doses de uma vacina para a qual eram elegíveis entraram no grupo de subvacinação.
No início da pesquisa (em 1º de junho de 2022), a taxa de subvacinação era de 45,7% na Inglaterra, 49,8% na Irlanda do Norte, 34,2% na Escócia e 32,8% no País de Gales. As taxas mais altas foram registradas entre os mais jovens, homens e moradores de áreas mais remotas.
“As vacinas contra a Covid-19 salvam vidas. À medida que surgem novas variantes, este estudo ajudará a identificar grupos da nossa sociedade e áreas do país onde as campanhas de saúde pública devem ser focadas e adaptadas para essas comunidades”, afirma Sheikh.
Pessoas com mais de 75 anos subvacinadas tinham uma probabilidade duas vezes maior de ter um desfecho grave de Covid-19 em comparação com as protegidas.