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Advogada é condenada por levar bilhetes de presidiário para comparsas no RN

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Segundo investigação, profissional cometeu crime de organização criminosa. Ela é terceira advogada condenada pelo mesmo tipo de crime somente em março.

Uma advogada foi condenada a três anos e seis meses de reclusão pelo crime de organização criminosa no Rio Grande do Norte. A investigação apontou que ela trocava mensagens com um detento dentro do presídio e levava mensagens dele para comparsas do lado de fora.

Essa é a terceira condenação do tipo, contra advogados do estado, em três semanas.

A advogada foi alvo da Operação Carteiras, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, em julho de 2022. A investigação apontou que a advogada exercia a função de “gravata”, nome dado aos advogados dentro da estrutura do grupo que exercem a função de mensageiros.

A profissional foi investigada pelo MPRN no período entre janeiro de 2021 e junho de 2022. Em 12 de julho de 2021, na penitenciária estadual Rogério Coutinho, ela foi flagrada trocando ‘catataus’ (bilhetes) com um presidiário, membro de uma facção que atua dentro e fora das unidades prisionais do estado..

No bilhete apreendido, o detento repassava ordens para os faccionados libertos de sua ‘quebrada’ (local onde domina). O detento com quem a advogada trocou mensagens também foi condenado. Ele recebeu nova pena de 5 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão.

No início deste mês, outra advogada foi condenada em pena fixada em quatro anos, nove meses e cinco dias de reclusão. Essa advogada também foi condenada a 16 dias-multa, considerando o dia multa equivalente a 1/30 do salário-mínimo em vigor no tempo do fato. Inicialmente ela deve cumprir a pena de reclusão em regime semiaberto.

Na semana passada, outro advogado também foi condenado pelo crime de organização criminosa após denúncia do MP. Ele foi detido por transmitir bilhetes e “salves” entre integrantes de uma facção. O advogado foi condenado à pena de 4 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão e ainda multa.

Além dos advogados, dois presos também receberam novas condenações.

Operação Carteiras

A operação Carteiras cumpriu seis mandados de prisão preventiva e outros quatro, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz, Nísia Floresta. Os mandados foram cumpridos nas residências dos advogados, em um escritório de advocacia e ainda nas penitenciárias estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga.

A ação teve o apoio da Polícia Militar e da Polícia Penal. Ao todo, cinco promotores de Justiça, 11 servidores do MPRN, 20 policiais militares e quatro policiais penais participaram do cumprimento dos mandados.

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