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A retomada das atividades econômicas na pandemia de coronavírus deve trazer uma movimentação positiva para o comércio e injetar R$ 156 milhões na economia do Rio Grande do Norte neste final de ano. É o que aponta a Pesquisa de Intenção de Compras para o Natal 2021, produzida pela Fecomércio RN, por meio do Instituto Fecomércio. Realizada em Natal e Mossoró, a estimativa mostra crescimento de 1,6 ponto percentual na capital e 5,4 no interior do Estado, no comparativo com o ano de 2020, quando 55,2% tinham pretensões de adquirir produtos visando a data. Por outro lado, o índice deste ano ainda é inferior aos 67,1% registrados em 2019.
A retomada das atividades econômicas na pandemia de coronavírus deve trazer uma movimentação positiva para o comércio e injetar R$ 156 milhões na economia do Rio Grande do Norte neste final de ano. É o que aponta a Pesquisa de Intenção de Compras para o Natal 2021, produzida pela Fecomércio RN, por meio do Instituto Fecomércio. Realizada em Natal e Mossoró, a estimativa mostra crescimento de 1,6 ponto percentual na capital e 5,4 no interior do Estado, no comparativo com o ano de 2020, quando 55,2% tinham pretensões de adquirir produtos visando a data. Por outro lado, o índice deste ano ainda é inferior aos 67,1% registrados em 2019.
Apesar de ainda não recuperar os números de 2019, a tendência traz um fôlego a mais para o momento, especialmente com o incremento do 13º salário na renda do trabalhador. Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomercio/RN), Marcelo Queiroz, “a expectativa é positiva”, mas os R$ 156 milhões a serem injetados na economia ainda são inferiores do período pré-pandemia.
“Ainda não é o ideal, mas tudo isso indica que estamos no caminho certo. O espírito natalino torna as pessoas mais otimistas, e boa parte deste entusiasmo é canalizado para novas compras”, explica Marcelo Queiroz.
Em Natal, por exemplo, 30,3% pretendem direcionar entre R$ 101 e R$ 200 para os presentes, outros 28,2% têm a intenção de gastar entre R$ 201 e R$ 500. Os gastos de até R$ 100 somam 19,1% das pretensões, e acima de R$ 500, 15,9%.
O ticket médio, ou seja, o valor a ser gasto pelo consumidor nas compras, será de R$ 295,00. Em termos nominais, o valor é 6,7% menor do que o registrado no ano passado (R$ 316,27).
Quem vai presentear no fim de ano é a contadora Patrícia Santana, 46 anos, junto com o esposo, João Cabral. Juntos, eles estão comprando um enxoval para uma mãe em situação de vulnerabilidade no interior do Estado.
“Devido a pandemia, estamos nos segurando um pouco às despesas com os presentes. Vamos ajudar essa pessoa do interior e preferimos consolidar com esse presente maior, com um enxoval, no lugar de dar vários presentes. Vamos dar presentes às nossas filhas também, mas nada tão grandioso”, explica. O casal possui duas filhas, de 17 e 10 anos, e a expectativa é que os investimentos nos presentes variem entre R$ 700 e R$ 1.000.
O clima de recuperação vivido após a melhora nos indicadores de saúde da pandemia de coronavírus, e consequentemente retomada econômica, anima os lojistas neste final de ano. Para o gerente Robson Guimarães, da Sapassos, loja especializada em calçados na Cidade Alta, a expectativa para este ano está positiva e as projeções é de superar em pelo menos 10% o valor do período em 2020.
“Como passamos muito tempo fechados, estamos com as expectativas melhores possíveis. Compramos mercadoria, temos para todos os gostos e gêneros. O estoque está lotado. Temos um patamar e graças a Deus estamos superando, que é de 10% em cima do valor anterior”, cita. Sentimento parecido é o de Lucas Bezerra, do suporte logístico do Sacolão, na Cidade Alta. Tida como uma loja tradicional no setor de varejo, as expectativas da filial são de praticamente dobrar o faturamento em relação a 2020.
“A expectativa está positiva, em termos de vendas tivemos boas vendas nessa questão natalina. A procura do cliente tem sido grande e creio que estamos atingindo as expectativas da procura dos clientes. Esperamos superar o ano passado, numa margem de 96%, dobrar”, cita.
Marcelo Queiroz afirma que ainda é cedo para se falar em recuperação aos níveis pré-pandemia, mas se diz “um otimista nato”. “No ano passado, com quatro meses de economia totalmente paralisada e mais quatro com a atividade produtiva funcionando com uma série de restrições, nós fechamos com uma queda de 4,2% nas vendas. Para este ano, apesar dessa desaceleração, nós esperamos terminar com crescimento de vendas entre 5% e 7%”, cita.
Em 2021, 76% das pessoas não vão presentear
Para aqueles que não vão presentear no Natal, os principais motivos são falta de dinheiro e desemprego que juntos somam 76% das justificativas. Outros motivos são “poupar/economizar” e “contas ou dívidas em atraso”.
Nesse sentido, com o orçamento apertado, o levantamento constatou que mais de 72% dos que vão gastar pretendem pesquisar preços antes de concluir a compra. E nessa busca pela melhor oferta, a mais da metade declarou que pretendem ir presencialmente até as lojas físicas. Aliado a isso, o abono extra de final de ano é um respiro para muita gente. O estudo mostra que 52% dos natalenses e 47% dos mossoroenses terão o incremento na renda.
A utilização desse recurso extra, no entanto, segue uma tendência diferente entre as duas cidades. Enquanto em Natal, a maior parte (43,3%) utilizará o a renda adicional para quitar ou pagar dívidas, em Mossoró, 41,3% vai investir em compras.
Já quem opta em guardar para compromissos de janeiro segue números similares, como uma tendência entre 28,8% das respostas em Natal e 30,8% em Mossoró.
Lista de compras
No topo do ranking das categorias de produtos mais procurados para presentear estão as roupas, com 53,7% das respostas em Natal e 61,2% em Mossoró. Em segundo lugar ficaram os brinquedos, com cerca de 22% em ambas cidades. Ainda na lista de compras estão perfumes e cosméticos (Natal 21,7% e Mossoró 22%), calçados (Natal 15% e Mossoró 20,6%).
Na capital, compõem a lista ainda relógios/joias/bijuterias (9,4%), eletrônicos (8,8%), eletrodomésticos (4,1%), alimentos (3,2%), móveis e decoração (2,6%) e livros (2,1%). Outros itens foram citados por 4,4% dos entrevistados, e 8,8% ainda não sabem o que vão comprar.Já em Mossoró, também foram citados, por ordem: acessórios pessoais (8,9%); eletrônicos/celulares (6,5%); eletrodomésticos (3,8%); móveis e decoração (2,1%); livros (1,4%), entre outros.
Números
R$ 156 milhões É o valor a ser movimentado em Natal e em Mossoró com vendas de fim de ano
532 mil consumidores
devem ir às compras nessas cidades (com base nos mais de 56% dos entrevistados com pretensões de comprar)
Natal: 435 mil
Mossoró: 97 mil
Lista de compras
Roupas: 53,7% (Natal)
61,2% (Mossoró)
Brinquedos:
22% (Natal e Mossoró)
Perfumes e cosméticos: 21,7% (Natal)
22% (Mossoró)
Calçados:
15% (Natal)
20,6% (Mossoró)
Eletrônicos/celulares: 8,8% (Natal)
6,5% (Mossoró)
Eletrodomésticos:
4,1% (Natal)
3,8% (Mossoró)
Ticket Médio:
Natal: R$ 295
Mossoró: R$ 288,02
