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Natalense denunciado pelo MPF por matar companheiro francês em Lisboa vai a júri popular – Blog de Assis

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Um natalense irá a júri popular nesta quarta-feira (10) para ser julgado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado.

Ele matou seu então companheiro, um francês de 56 anos, em Lisboa, Portugal, em 2019. O réu foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e o julgamento será realizado na capital potiguar.

A denúncia do MPF apontou que o réu, com 22 anos na época, matou o companheiro por asfixia e ocultou o cadáver na casa onde os dois moravam.

O corpo da vítima foi encontrado na despensa da residência, após o proprietário do imóvel acionar o Corpo de Bombeiros, pois não conseguia contato com o francês para cobrar o aluguel.

Além do homicídio, o natalense é acusado de furto qualificado, pois se apossou e vendeu diversos bens de valor pertencentes à vítima, incluindo um relógio Rolex, negociado pelo equivalente a aproximadamente R$ 18 mil na época. Ele também repassou itens de estoque de uma loja do francês que havia sido fechada pouco antes do crime, como malas, cintos e sapatos, por mais de R$ 9 mil.

Redes – As investigações indicam que, após fugir para Natal, o homem de 22 anos continuou tentando despistar as autoridades e pessoas próximas da vítima, atualizando as redes sociais do companheiro com publicações, mensagens e telefonemas.

O caso chegou à justiça brasileira após o Ministério Público português solicitar cooperação jurídica internacional às autoridades brasileiras. O réu foi localizado em Natal. O MPF passou então a acompanhar e investigar o caso e denunciou o potiguar em agosto de 2024.

O júri popular é a forma de julgamento dos crimes dolosos – quando há intenção – contra a vida, no Brasil, e inicia com o sorteio e escolha do Conselho de Sentença, formado por sete jurados, cidadãos comuns que decidirão sobre a culpa ou inocência do réu. Os crimes imputados ao natalense podem resultar, se somados, em até 41 anos de prisão.

Fonte: PRRN

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ALRN derruba veto e restabelece lei que criminaliza ocupações sem-teto

ALRN derruba veto e restabelece lei que criminaliza ocupações sem-teto

Os deputados estaduais do Rio Grande do Norte derrubaram um veto da governadora Fátima Bezerra (PT) e retomaram uma lei para punir quem ocupa propriedades privadas no estado. As sanções incluem a proibição de receber auxílios e benefícios de programas sociais, tomar posse em cargos públicos, contratar com o Poder Público e até realizar concursos no âmbito estadual.

O projeto de lei 53/2024 é de autoria de Gustavo Carvalho (PL) e foi aprovado pela Assembleia Legislativa em 18 de dezembro, com votos contrários de Isolda Dantas (PT), Divaneide Basílio (PT) e Francisco do PT.

A motivação do texto foi a ocupação do terreno onde funcionou o Diário de Natal, na avenida Deodoro da Fonseca, no bairro de Petrópolis, em Natal, pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Na época, cerca de 30 famílias organizaram a Ocupação Emmanuel Bezerra.

Em 1º de fevereiro deste ano, a governadora vetou a matéria e demonstrou que ela seria inconstitucional por pretender estabelecer, por lei estadual, a promoção de ações no âmbito do Direito Civil, ainda que esta seja de competência da União.

Já nesta terça-feira (9), os deputados estaduais analisaram os vetos encaminhados pelo Governo do Estado em sessão extraordinária convocada exclusivamente para essa finalidade. Os parlamentares derrubaram o veto de Fátima Bezerra. Com a decisão, o projeto deve ser promulgado pela Assembleia Legislativa para entrar em vigor.

Criminalizar ocupações agrava situação de vulnerabilidade, disse MLB

UM Agência SAIBA MAIS não conseguiu contato com representantes do MLB nesta quinta-feira (10). No ano passado, após a apresentação do projeto, a organização publicou nota e ressaltou que as ocupações são uma resposta legítima diante da ausência de políticas públicas eficazes que garantam o acesso à moradia digna para todos os cidadãos. Criminalizar essas ocupações, segundo a opinião dos sem-teto, apenas agravaria a situação de vulnerabilidade das famílias e ignoraria o papel do Estado na promoção de políticas habitacionais inclusivas e justas.

“A defesa da propriedade privada feita por parte da imprensa potiguar e por alguns parlamentares e ‘políticos’ da direita não passa da defesa dos interesses dos ricos. Pois a propriedade privada não existe para a maioria da população. Na verdade ela está concentrada nas mãos de uma minoria”, argumentou o movimento.

Na mesma nota, o MLB informou que a proposta visa punir de maneira drástica e desproporcional aqueles que ocupam imóveis que não cumprem a função social — obrigatória segundo a Constituição Federal — no Rio Grande do Norte.

“São milhões de famílias que não tem onde morar no país e no Rio Grande do Norte não é diferente. Aproximadamente 140 mil moradias ainda são necessárias para atender à demanda da população. Enquanto isso, milhares de famílias vivem em condições desumanas, pagando aluguel exorbitante, dependendo da boa vontade alheia ou, pior ainda, enfrentando a dura realidade de viver nas ruas”, afirmou o movimento à época.

O que diz o projeto

Na proposta, Gustavo Carvalho diz que a inviolabilidade do direito de propriedade é fundamental para a ordem social e econômica, e diz que a ação ocorrida no prédio do antigo Diário de Natal destaca a necessidade de fortalecer a proteção desses direitos.

“O projeto de lei busca resguardar a propriedade privada, promovendo um ambiente de segurança jurídica para os proprietários”, justificou o parlamentar.

Ainda de acordo com Carvalho, a legislação atual carece de dispositivos específicos que imponham consequências efetivas aos ocupantes ilegais.

“Este projeto propõe sanções que, além de desestimular a ocupação ilegal, responsabilizam os invasores por eventuais danos causados às propriedades”, disse Gustavo Carvalho.

Na matéria, o deputado define que ocupação ilegal é “toda e qualquer invasão de propriedade privada que não tenha respaldo legal, seja ela de caráter rural ou urbano”.

Pela proposta, os proprietários legais das áreas invadidas terão o direito de solicitar a remoção imediata dos ocupantes ilegais e essa remoção será realizada pela força policial, quando necessário.

O projeto ainda aponta que os ocupantes ilegais que se recusarem a deixar a propriedade após notificação formal serão passíveis de multas, que serão aplicadas de acordo com a extensão da invasão, sendo proporcional à área ocupada ilegalmente, além das demais sanções que impedirão os ocupantes de receberem benefícios do Estado.

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Lula avalia veto a dosimetria: Bolsonaro “tem que pagar por tentar golpe”

Lula viaja para Roma para abertura do Fórum Mundial da Alimentação

Ao comentar um possível veto ao PL (Projeto de Lei) da Dosimetria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Jair Bolsonaro (PL) “tem que pagar” pela trama golpista que resultou na condenação do ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão.

“Quando (o PL da Dosimetria) chegar a minha mesa, eu tomarei uma decisão. Farei aquilo que entender que deva ser feito, porque ele (Bolsonaro) tem que pagar pela tentativa de golpe, de destruir a democracia desse país”, disse Lula em entrevista à TV Alterosa nesta quinta-feira (11).

Na madrugada de quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que reduz as penas dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e nos atos de 8 de janeiro de 2023. A proposta beneficia Bolsonaro, que pode ter sua pena drasticamente reduzida.

“Não adianta ele ficar choramingando. Se ele tivesse a minha postura quando perdi três eleições, a postura do PSDB quando perdeu três eleições, a postura de todo mundo que é democrata e respeita as instituições, ele não estaria preso. Poderia estar concorrendo nas eleições”, continuou Lula.

O ex-presidente está detido em uma cela especial na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Brasília.

Ainda segundo o chefe do Planalto, Bolsonaro tentou “encurtar o caminho” ao articular um golpe de Estado para se manter na Presidência da República mesmo após ter sido derrotado nas urnas.

Lula avalia vetar pontos do PL da Dosimetria, que está sob análise do Senado. No entorno do presidente, há o entendimento de que o chefe do Executivo deve marcar posição política no assunto, ainda sob o risco de seus vetos serem derrubados pelo Congresso Nacional.

*Com informações de CNN

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dezembro e 10 de janeiro – Blog de Assis

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Durante a confraternização do Natal do Servidor, realizada nesta quinta-feira, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerraconfirmou que o pagamento do 13º salário dos servidores estaduais seguirá o mesmo modelo adotado nos anos anteriores.

A primeira parcela será depositada ainda em dezembro, enquanto o restante será pago até o dia 10 de janeiro.

Fátima destacou que, ao longo dos sete anos em que está à frente do Governo do Estado, não houve atrasos salariaisreforçando o compromisso da gestão com a regularidade da folha. “Até o final de dezembro o dinheirinho de vocês será pago como a gente sempre fez. Até o dia 10 de janeiro todo o décimo terceiro salário será entregue na conta de vocês”, afirmou.

O evento, marcado por momentos de descontração, contou com bênçãos do Padre Hugo, bingo, sorteios e reencontros entre servidores. A governadora ressaltou a importância da celebração, afirmando que é sempre “uma alegria imensa” confraternizar com os homens e mulheres que fazem o Estado funcionar diariamente.

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Cesta básica em Natal registra segunda queda consecutiva, aponta Procon

Cesta básica em Natal registra segunda queda consecutiva, aponta Procon

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) divulgou a pesquisa de preços da cesta básica referente ao mês de novembro, que registrou redução de R$ 3,83 em relação ao mês anterior. O valor passou de R$ 435,97 para R$ 432,14, representando variação negativa de 0,89%. Esta é a segunda queda consecutiva observada no município.

O levantamento acompanha mensalmente 40 itens essenciais. Em novembro, 52% dos produtos pesquisados apresentaram redução de preço. Nos meses anteriores, esse percentual havia sido de 60% (outubro) e 67% (setembro).

Duas categorias registraram queda. No hortifrúti, a redução média foi de 6,68%, com dez dos treze itens avaliados em queda. O preço médio passou de R$ 50,92 para R$ 47,73. No setor de açougue, houve redução de R$ 2,31, com o valor médio passando de R$ 260,26 para R$ 257,96.

As categorias de mercearia e higiene/limpeza tiveram variações positivas de 0,99% e 2,32%, respectivamente. Na mercearia, produtos como café, pão francês, leite integral, farinha de mandioca e feijão carioca apresentaram aumento, elevando o preço médio de R$ 94,64 para R$ 95,59. Em higiene/limpeza, apenas o sabonete comum registrou queda; o preço médio anual passou de R$ 30,15 para R$ 30,86.

Durante novembro, o valor da cesta básica variou entre R$ 431,41 e R$ 430,33. As regiões Leste e Norte apresentaram os maiores preços (R$ 451,10 e R$ 435,88, respectivamente), enquanto a região Sul registrou o menor valor médio (R$ 424,55).

Comparação entre segmentos

Hipermercados tiveram redução média de R$ 2,25, atacarejos de R$ 1,06 e supermercados de bairro apresentaram a maior queda, de R$ 6,30.
A cesta mais cara foi registrada nos hipermercados (R$ 467,26) e a mais barata nos atacarejos (R$ 407,53), diferença de 14,66% — equivalente a R$ 59,73. Em relação aos supermercados de bairro, a diferença foi de R$ 41,50 (9,75%).

Por região, a Leste registrou aumento de R$ 3,21, enquanto as regiões Oeste, Norte e Sul apresentaram reduções de R$ 11,21, R$ 7,85 e R$ 6,88, respectivamente.

O Procon Natal recomenda aos consumidores que realizem pesquisa antes das compras e fiquem atentos a promoções e variações entre estabelecimentos. Para orientações ou denúncias, o atendimento ocorre pelo e-mail procon.natal@natal.gov.br ou presencialmente na sede do órgão, na Rua Ulisses Caldas, 181, Cidade Alta, Natal.

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Cidades atendidas pela Adutora Monsenhor Expedito aguardam regularização do abastecimento após interrupção no fornecimento de energia elétrica – Blog de Assis

Cidades atendidas pela Adutora Monsenhor Expedito aguardam regularização do abastecimento após interrupção no fornecimento de energia elétrica – Blog de Assis

O abastecimento de água nas cidades atendidas pela Adutora Monsenhor Expedito está em fase de recuperação nesta quinta-feira (11), depois que a Estação de Bombeamento 3 (EB3) passou por uma parada motivada por interrupção no fornecimento de energia, durante a madrugada e parte da manhã.

A Caern acionou a concessionária de energia e o fornecimento foi retomado, mas ainda com baixa tensão.

Como a distribuição de água está sendo feita com apenas uma bomba, a Companhia abriu novo chamado junto à concessionária, aguardando a solução para restabelecer o funcionamento do sistema de abastecimento de água de forma plena.

As cidades atendidas pela Adutora Monsenhor Expedito são Barcelona, ​​Boa Saúde, Bom Jesus, Campo Redondo, Coronel Ezequiel, Ielmo Marinho, Jaçanã, Japi, Lagoa D`anta, Lagoa de Pedras, Lagoa de Velhos, Lagoa Salgada, Lajes Pintadas, Monte Alegre, Monte das Gameleiras, Passa e Fica, Rui Barbosa, Santa Cruz, Santa Maria, São Bento do Trairi, São José de Campestre, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé, Senador Elói de Souza, Serra Caiada, Serra de São Bento, Serrinha, Sítio Novo e Tangará

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Senado aprova PL Antifacção com penas que podem chegar a 120 anos

Senado aprova PL Antifacção com penas que podem chegar a 120 anos

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (10), por unanimidade, o projeto que cria um novo marco legal para o enfrentamento ao crime organizado no país. O texto reformula a proposta aprovada pela Câmara, em novembro. A versão do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), ao PL 5.582/2025, do Poder Executivo, retorna para análise dos deputados.

Conhecido como PL Antifacção, o texto, que passou também nesta quarta pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), aumenta as penas para integrantes de grupos criminosos: líderes podem receber condenações de até 60 anos, com previsão de aumento de penas em casos específicos para até 120 anos, segundo o relator. O projeto também torna mais rígidas as regras de progressão de regime e determina que chefes de facções e milícias privadas cumpram pena obrigatoriamente em presídios federais de segurança máxima.

Alessandro explicou que seu parecer buscou aprimorar o modelo de combate a facções e milícias que exercem controle armado sobre territórios, intimidam comunidades e limitam a presença do Estado. O relator afirmou ter sido pressionado pelo “lobby” de diversos setores como o de corporações, da academia, dos tribunais e dos ministérios públicos:

— O lobby que não teve acesso a esta Casa, sob o ponto de vista estruturado, foi o das vítimas, foi o da população que fica diuturnamente à mercê do domínio de facções e milícias.  É em homenagem a essas, que não podem aqui acionar lobbies, que a gente faz o trabalho que faz aqui — disse.

Terrorismo

O relator removeu do projeto a tipificação do crime de “domínio social estruturado”, incluída pela Câmara para integrantes de facções, milícias ou paramilitares que controlam territórios. Vieira considerou que o conceito era amplo e pouco preciso, abrindo margem para distorções.

Durante a votação em Plenário, senadores da oposição defenderam que o projeto equiparasse as ações de facções e milícias ao crime de terrorismo. Uma emenda apresentada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) com esse objetivo, porém, foi rejeitada pela maioria dos senadores.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que esses grupos agem de forma a espalhar pânico e restringir o direito de ir e vir de toda a comunidade.

— Bandidos e narcotraficantes que usam drones para jogar granadas a esmo, dentro de comunidades onde a polícia está subindo. Esse ato é o quê? Bombas lançadas por droneégranadas. Isso é terrorismo puro — disse o senador, ao defender que facções e milícias que adotam esse tipo de conduta sejam enquadrados na legislação antiterrorismo.

O senador Jorge Seif (PL-SC) apoiou a mudança, dizendo que a intenção formal das organizações não muda o impacto de suas ações sobre a sociedade. “Mesmo que organizações criminosas não tenham esse objetivo, o efeito final é o mesmo”, declarou.

Já o senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu que o Congresso reconheça explicitamente a gravidade desses crimes.

— Terrorismo a gente tem que chamar pelo nome. O que está acontecendo no Brasil é terrorismo — disse.

Em resposta, Alessandro Vieira argumentou que a definição técnica de terrorismo não se aplica aos grupos que atuam no país, destacando que o terrorismo tem motivação política, ideológica ou religiosa. O relator afirmou que, apesar de produzir sensação de terror, a atuação dessas organizações visa apenas proteger atividades ilícitas e não pressionar governos ou populações por objetivos políticos. O senador lembrou que o enquadramento de um grupo como terrorista pode justificar ações militares e sanções externas contra o país.

— Por mais que a sensação de terror seja uma consequência natural da ação das organizações criminosas, isso não as faz organizações terroristas. Não há nenhum benefício para o Brasil em reconhecer o Comando Vermelho, o PCC ou qualquer outra facção como terrorista – disse.

Atualização da lei existente

Uma das principais mudanças de Alessandro foi a opção de atualizar a Lei das Organizações Criminosas, e não criar uma legislação paralela, abordagem que poderia gerar questionamentos e beneficiar condenados.

O relator também suprimiu dispositivos aprovados pelos deputados que, de acordo com sua avaliação técnica, violavam a Constituição, como: a extinção do auxílio-reclusão; a proibição de voto para presos provisórios; tipos penais considerados vagos; e regras que enfraqueceriam garantias processuais.

Punições mais altas

O parecer endurece penas para integrantes, financiadores e líderes de facções e milícias. Homicídios cometidos por membros desses grupos passam a ter pena de 20 a 40 anos.

O projeto define como facção criminosa qualquer organização que dispute ou controle territórios ou atue em mais de um estado. Integrar ou financiar esses grupos passa a ser punido com 15 a 30 anos de prisão. Para quem ocupa posição de comando, a pena pode ser dobrada e chegar a 60 anos.

Além disso, o relator incluiu novas situações que permitem ampliar as punições, tanto para líderes quanto para membros de facções, milícias ou outras organizações criminosas, podendo elevar a condenação máxima para até 120 anos.

Progressão de regime mais rígida

O Senado estabeleceu critérios mais severos para progressão:

  • condenados por crimes hediondos devem cumprir o mínimo de 70% da pena no regime fechado;
  • integrantes de facções ou milícias precisam cumprir 75% a 85%, dependendo das circunstâncias;
  • reincidentes podem ter percentuais ainda maiores.

Inteligência e investigação: dados, infiltração e escutas

O texto atualiza instrumentos de investigação, permitindo: escutas ambientais e monitoramento por softwares especiais, com autorização judicial; acesso mais rápido a dados de investigados em hipóteses previstas em lei; pedidos emergenciais de informações, sem ordem judicial, quando houver risco à vida de alguém; interceptações telefônicas aceleradas, com autorização de até cinco dias e renovação possível.

O relator também restabeleceu a possibilidade de delatores atuarem como infiltrados — proposta original do governo que havia sido retirada no relatório da Câmara.

Integração institucional e banco de dados nacional

O projeto formaliza as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficcos), que reúnem polícias e órgãos de investigação. Além da PF e das polícias estaduais, poderão participar: Ministério Público, Coaf, Abin, Receita Federal e Banco Central.

A proposta também cria um cadastro nacional de integrantes e empresas ligadas a organizações criminosas, que deverá ser replicado pelos estados.

Monitoramento no sistema prisional e visitas

O texto prevê o monitoramento de conversas e visitas a presos ligados a facções, mas mantém a inviolabilidade entre advogados e clientes, salvo em decisão judicial específica.

Pessoas condenadas por crimes previstos na Lei de Organizações Criminosas não terão direito à visita íntima.

Financiamento: nova Cide para bets

O relator incluiu a criação de um tributo (Cide) sobre apostas on-line (bets) com alíquota de 15% sobre transferências de pessoas físicas para as plataformas. Essa contribuição terá validade até a cobrança plena do Imposto Seletivo criado na reforma tributária e os recursos serão destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública. A arrecadação estimada é de R$ 30 bilhões por ano.

Alessandro também propõe uma regra temporária de regularização para bets que atuam sem licença, com previsão de arrecadação adicional de até R$ 7 bilhões.

O relator eliminou as alterações feitas na Câmara sobre a destinação de recursos apreendidos para fundos de segurança. Em lugar disso, ele determinou que o governo apresente e regulamente, em até 180 dias após a sanção da lei, todos os fundos federais ligados à área de segurança.

O texto também fecha espaço para as bets que operam na clandestinidade, usadas para crimes, lavagem de dinheiro e concorrência desleal. Alessandro Vieira incluiu uma emenda de redação alinhada com a Receita e o Ministério da Fazenda que prevê medidas como a responsabilidade solidária de empresas de pagamento e instituições financeiras.

— Uma bet ilegal só funciona porque alguém patrocina sua publicidade e porque alguma instituição permite o pagamento — afirmou.

A versão aprovada pelo Senado mantém o tribunal do júri para julgar homicídios ligados ao crime organizado e prevê medidas de segurança para jurados e testemunhas, como sigilo de dados e interrogatórios por videoconferência. O relator destacou que a proteção constitucional não pode ser retirada por lei comum.

Quem for condenado por integrar, apoiar ou liderar facções fica inelegível por oito anos, mesmo antes do trânsito em julgado. Servidores públicos que colaborarem com essas organizações ou se omitirem podem perder o cargo imediatamente.

Combustíveis

Em razão da incidência do crime organizado no mercado de combustíveis, o senador incluiu regras mais rígidas de controle de formulação e venda de combustíveis na versão aprovada na CCJ, mas, no Plenário, ele acatou uma emenda da senadora Tereza Cristina (PP-MS) para rever esse trecho da proposta. Ele também acatou parcialmente emenda do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) sobre o tema.

— A formulação de combustíveis deve ser melhor debatida em outro momento, e já se encontra na agenda regulatória da ANP, que tem enfrentado esse tema administrativamente — apontou.

O projeto exige que os postos de combustíveis e empresas da área façam o registro de operações de venda, transporte e armazenamento de petróleo, gás, biocombustíveis e combustíveis sintéticos.

Outras mudanças incluídas pelo Senado

  • Crime específico para recrutar crianças e adolescentes, com penas de 5 a 30 anos.
  • Possibilidade de bloquear energia, internet e telefonia de investigados.
  • Prazo de 90 dias para conclusão de inquéritos com investigados presos (270 dias para soltos), com possibilidade de prorrogação.

Fonte: Agência Senado

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Justiça Federal suspende benefícios vitalícios de Jair Bolsonaro durante prisão

Justiça Federal suspende benefícios vitalícios de Jair Bolsonaro durante prisão

A Justiça Federal em Minas Gerais determinou a suspensão de benefícios vitalícios a que Jair Bolsonaro (PL) tem direito por ser ex-presidente da República.

O juiz federal substituto Pedro Pereira Pimenta deu 48 horas para a União cortar a disponibilização de servidores, veículos oficiais, motoristas e assessores, prevista na legislação, a Bolsonaro enquanto ele estiver cumprindo pena em regime fechado. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no caso da trama golpista.

A decisão liminar atendeu a um pedido do vereador de Belo Horizonte Pedro Rousseff (PT), que alegou que os recursos estão sendo investidos em “uma estrutura que se tornou inútil e incompatível com a condição de preso”. No primeiro semestre deste ano, os gastos com a equipe de Bolsonaro somaram R$ 521 mil.

Ao analisar a ação, o magistrado concordou que, “enquanto perdurar o regime fechado, resta esvaziada a necessidade fática da estrutura prevista” na Lei 7.474.

“A estrutura atualmente mantida pela União não acrescenta proteção existencial relevante ao réu, já sob custódia do Estado, mas consome recursos públicos para preservar um estatuto simbólico de ex-Chefe de Estado, justamente no momento em que o ordenamento expressamente lhe retira direitos relevantes”, diz um trecho da decisão, assinada nesta terça-feira (9).

O juiz federal considerou, ainda, que é “juridicamente redundante e materialmente incompatível manter, em favor de ex-Presidente recolhido em regime fechado, equipe própria de segurança pessoal e motoristas vinculados ao GSI, com porte de arma institucional, para atuar em paralelo à escolta penitenciária”.

O que diz a lei

O decreto 6.381, que regulamentou a lei citada na decisão, estabelece que, após o fim do mandato, presidentes da República têm direito permanente a:

  • serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal;
  • dois veículos oficiais, com os respectivos motoristas;
  • e assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, nível 5.

Nos primeiros seis meses deste ano, R$ 521.073 foram gastos com a equipe de oito servidores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O valor inclui, entre outros custos, R$ 310,1 mil com salários de assistente e assessores, R$ 134,3 mil com passagens no Brasil e R$ 4,7 mil em combustíveis e lubrificantes automotivos.

Condenação de Bolsonaro

Em setembro, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, por liderar uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Lula (PT) e subverter o Estado democrático de Direito.

No dia 25 de novembro, a Corte declarou que o processo transitou em julgado. No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes decretou o início do cumprimento da pena.

O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

*Com informações do g1

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IPCA: inflação em novembro é a menor para o mês desde 2018

IPCA: inflação em novembro é a menor para o mês desde 2018

O Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA) passou de 0,09% em outubro para 0,18% em novembro, um aumento de 0,09 ponto percentual (p.p.). Esse resultado é o menor para um mês de novembro desde 2018, quando a variação foi de -0,21%. No ano, a inflação acumula alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,46%. Em novembro de 2024, a variação havia sido de 0,39%. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (10/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em novembro, o principal impacto positivo no índice veio do subitem passagem aérea (11,9%), com 0,07 ponto percentual (p.p.). Outras influências positivas foram a energia elétrica residencial, que subiu 1,27%, puxada por reajustes tarifários em algumas concessionárias, e hospedagem, no grupo Despesas pessoais. O subitem variou 4,09% em novembro, com destaque para a alta de cerca de 178% registrada em Belém, em razão da COP-30.

Em relação às quedas, de acordo com Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, os destaques são para os itens de higiene pessoal (-1,07%) e produtos alimentícios importantes na mesa das famílias, como o tomate (-10,38%) e o arroz (-2,86%): “O cereal registrou uma trajetória de variações negativas ao longo de todo o ano de 2025, acumulando queda de 25%”.

Assim, em novembro, o grupo Alimentação e bebidas voltou para o patamar negativo, registrando variação de -0,01%, com a alimentação no domicílio (-0,20%) fechando em queda pelo sexto mês consecutivo. A alimentação fora do domicílio variou 0,46% no mês, com desaceleração no lanche, que saiu de 0,75% em outubro para 0,61% em novembro, e na refeição, que foi de 0,38% para 0,35% em igual comparativo.

O índice de difusão em novembro, ou seja, o percentual de subitens que tiveram resultado positivo, foi de 56%, 0,04 pontos percentuais (p.p) acima do índice de outubro, com o percentual dos não alimentícios ficando em 49%. Já o índice para os alimentícios saiu de 49% em outubro para 64% em novembro. “Mesmo com este percentual maior de variações positivas nos alimentos, dado os pesos e a magnitude das quedas registradas em alguns subitens, o grupo Alimentação e bebidas encerrou novembro com variação negativa de 0,01%”, ressalta Fernando.

Nos serviços, que aceleraram de 0,41% para 0,60% em novembro, os destaques ficaram com a alta da passagem aérea e da hospedagem. Já nos monitorados, a variação de 0,21%, após a queda de 0,16% de outubro, foi impulsionada pela energia elétrica residencial.

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,44%), sob influência da alta da energia elétrica residencial (13,02%) e das carnes (1,78%). A menor variação (-0,10%) foi registrada em Aracaju, em razão da queda no conserto de automóvel (-3,75%) na gasolina (-1,40%).

INPC tem alta de 0,03% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,03% em novembro. No ano, o acumulado é de 3,68% e, nos últimos 12 meses, de 4,18%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,33%.

Os produtos alimentícios passaram de 0,00% em outubro para -0,06% em novembro. A variação dos não alimentícios passou de 0,04% em outubro para 0,06% em novembro.

Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,51%) ocorreu em Goiânia, por conta da energia elétrica residencial (13,05%) e das carnes (1,48%). A menor variação ocorreu em Belém (-0,26%), em razão da queda no ônibus urbano (-15,54%) e nos artigos de higiene pessoal (-3,20%).

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SINSP cobra divulgação do calendário de pagamento do 13° salário do Estado – Blog de Assis

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O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Rio Grande do Norte (SINSP) protocolou um ofício dirigido à governadora Fátima Bezerra cobrando a divulgação imediata do calendário de pagamento do 13º salário de 2025 para servidores ativos, aposentados e pensionistas do Poder Executivo estadual.

A categoria reclama que, apesar de o ano já estar na reta final, nenhuma informação oficial foi repassada pelo Governo do Estado sobre quando o benefício será pago.

Segundo o sindicato, a ausência de um cronograma definido gera apreensão entre os servidores e compromete o planejamento financeiro das famílias.

Para o SINSP, a indefinição afeta diretamente a organização das contas domésticas, a realização das compras do mês e até mesmo os preparativos para as festas de fim de ano. A entidade alerta ainda que a falta de previsibilidade pode levar muitos trabalhadores a assumirem dívidas, por desconhecerem a data em que terão acesso ao recurso extra.

O sindicato afirma aguardar uma resposta do Executivo e reforça que a divulgação antecipada do calendário de pagamentos é fundamental para garantir transparência e segurança aos servidores estaduais.

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Novas regras derrubam em 80% antecipação do saque-aniversário; parlamentares articulam reversão das normas – Blog de Assis

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Brasil 61

Após um mês com regras novas, os pedidos de antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) caíram 80%, segundo a Associação Brasileira de Bancos (ABBC).

O valor resgatado recuou de R$3 bilhões em outubro para aproximadamente R$600 milhões em novembro.

De acordo com a entidade, 90% da redução é atribuída à exigência de valor mínimo de R$100 por parcela anual antecipada. Para o deputado Domingos Sávio (PL-MG), presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS) na Câmara dos Deputados, os mais prejudicados são os trabalhadores endividados.

“Em mais de 70% dos casos, são trabalhadores negativados, ou seja, trabalhadores que já têm algum problema no crédito, que não conseguiram pagar os seus compromissos. E é justamente por isso que ele vai buscar o empréstimo da antecipação do seu saque-aniversário, porque ele consegue um juro mais barato e quase sempre é justamente para pagar uma dívida”, afirmou o parlamentar.

Na reunião desta quarta-feira (10), a bancada decidiu articular formas de reverter a medida. Os integrantes do grupo querem convencer o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), a revogar as novas regras, bem como proceder com a suspensão da normativa a partir de um decreto legislativo. “Não faz sentido o que nós estamos vendo. Nós vamos lutar para que o projeto volte a vigorar plenamente, com o trabalhador podendo fazer o saque-aniversário ou fazer antecipação dando como garantia o próprio depósito do fundo de garantia”, anunciou Sávio.

Apoio

Entidades empresariais demonstraram preocupação com as novas regras e defenderam abertura de diálogo para discutir a medida. É o caso da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). A avaliação é que as mudanças representam um retrocesso ao direito do trabalhador garantido em lei.

Fonte: Brasil 61

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IFRN Campus João Câmara lança edital de relotação interna para Técnicos-Administrativos – Blog de Assis

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A Direção-Geral do Campus João Câmara do IFRN torna público o lançamento do Edital nº 45/2025-DG/JC/RE/IFRNque regulamenta o processo de relotação interna dos servidores técnico-administrativos entre os setores da unidade.

A medida busca promover um reordenamento do quadro funcional, garantindo maior eficiência na distribuição de pessoal, levando em consideração a gestão democrática do IFRN.

Os servidores interessados podem se inscrever entre os dias 10 a 14 de dezembro de 2025por meio deste formulário eletrônico.

O resultado parcial será divulgado em 16 de dezembrocom prazo para interposição de recursos até o dia 17/12/2025. O resultado final do edital será publicado até 22 de dezembro de 2025.

Fonte: IFRN JC

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“Nem esquerda, nem direita. A gente é centro”, sinaliza Walter para 2026

“Nem esquerda, nem direita. A gente é centro”, sinaliza Walter para 2026

Por Carol Ribeiro

Uma fala do vice-governador do Rio Grande do Norte, Walter Alves (MDB), pode acender o alerta nos dois principais polos da política potiguar e reorganizar leituras sobre a sucessão estadual de 2026. Em evento de entrega de medalhas do mérito, realizado na Assembleia Legislativa do RN, ele se colocou publicamente distante do próprio grupo governista ao qual pertence e deixa aberta a possibilidade de uma nova composição política fora do eixo liderado pelo PT.

“Próximo ano é um ano movimentado, eleição geral, a democracia está aí, graças a Deus. Como diz Churchill, a democracia é o pior dos regimes, com exceção dos outros. Então, a população vai julgar, vai votar, vai decidir. Se eu pudesse escolher, hoje, Ezequiel, eu ficava sabe aonde? No centro. Nem esquerda, nem direita. A gente é centro”, cravou, levando Ezequiel junto na afirmativa ideológica.

Walter é vice-governador no governo de Fátima Bezerra (PT), uma gestão de esquerda e que já trabalha com um nome definido para a sucessão estadual: o secretário da Fazenda, Cadu Xavier, também filiado ao PT e lançado como pré-candidato do sistema governista. Ao negar alinhamento automático com a esquerda, Walter, na prática, se descola dessa construção e enfraquece o discurso de unidade do grupo que hoje ocupa o poder no Estado.

O gesto é ainda mais simbólico porque ocorre em um momento que não tratava de política.

Walter falou no púlpito do plenário da ALRN, em sessão solene, representando os agraciados de um momento de homenagens e confraternização, o que sinaliza que foi um recado político com endereço certo.

Além disso, ocorre em um contexto no qual, até pouco tempo atrás, era dada como certa a sua ascensão ao comando do Executivo estadual em abril do próximo ano, quando Fátima Bezerra deve renunciar ao cargo para disputar uma vaga no Senado. Pela lógica institucional, Walter assumiria o governo e se tornaria peça central da articulação governista. A fala, no entanto, relativiza esse roteiro e fortalece a tese de que ele pode abrir mão de sentar na cadeira de governador para preservar liberdade política e eleitoral.

Do outro lado do espectro político, Walter também fecha a porta para a direita. O campo conservador no Rio Grande do Norte tem hoje um desenho definido, com o senador Rogério Marinho (PL) como pré-candidato ao governo e o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) e o senador Styvenson Valentim (PSDB) na disputa pelo Senado. Ao rejeitar esse campo, o vice-governador deixa claro que não pretende ser alternativa dentro da polarização tradicional entre PT e o bolsonarismo.

Esse duplo afastamento, da esquerda governista e da direita oposicionista, empurra Walter Alves para o centro do debate político, um espaço que já vem sendo ocupado pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil). Allyson construiu sua imagem como um nome moderado, fora dos extremos, e hoje aparece como pré-candidato competitivo ao governo do Estado, com apoio declarado do PP e do PSD.

Nesse ponto, circulam informações nos bastidores de que Walter Alves e Allyson Bezerra mantêm conversas frequentes sobre uma possível aliança para 2026. A aproximação faria sentido do ponto de vista estratégico: Walter comanda o MDB, partido com o maior número de prefeitos filiados no Rio Grande do Norte, capilaridade fundamental em uma eleição estadual. Sem grupo, Allyson agrega capital eleitoral e um discurso de renovação que dialoga com o eleitorado urbano e do interior.

Outro elemento que fortalece essa leitura é a menção direta de Walter ao presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira. Aliados históricos, os dois já se reuniram e reafirmaram publicamente a parceria política para 2026. Ezequiel, hoje no PSDB, deve migrar para o MDB, o que ampliaria ainda mais o peso do partido no Estado. Nos bastidores, inclusive, circula a possibilidade de a irmã de Ezequiel compor uma eventual chapa como vice-governadora em uma aliança liderada por Allyson Bezerra.

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Fiscalização do IPEM/RN aumenta ações e reduz irregularidades em quase 30% – Blog de Assis

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A fiscalização do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (IPEM/RN) ampliou sua atuação e, ao mesmo tempo, reduziu o percentual de irregularidades encontradas no estado. É o que mostra um comparativo entre os dois últimos trimestres de 2025.

Entre setembro e novembro, o IPEM verificou 11.306 instrumentos – como bombas de combustível, balanças, taxímetros, entre outros – em estabelecimentos comerciais.

Desse total, apenas 386 (3,4%) apresentaram problemas. No trimestre anterior, de junho a agosto, o índice de irregularidades era de 4,8% (544 instrumentos). A queda foi de 29% no número de ocorrências.

“Os números são muito positivos e refletem um duplo movimento estratégico do Instituto. Por um lado, intensificamos nossa presença no mercado, verificando mais produtos que impactam diretamente na segurança e no bolso do cidadão potiguar, seguindo a orientação da governadora Fátima Bezerra e as diretrizes do Inmetro para a defesa do consumidor. Por outro, essa atuação firme e preventiva, somada às ações educativas, resulta na queda consistente das irregularidades, o que indica que os comerciantes estão mais atentos e cumprindo melhor as normas. É um ciclo virtuoso que beneficia toda a sociedade”, avalia o diretor-geral do Ipem/RN, Itamar Ciríaco.

Os setores de Pré-Embalados e da Qualidade também intensificaram o trabalho. As ações saltaram 63% – de 1.856 no trimestre anterior para 3.025 entre setembro e novembro.

Nos pré-embalados – produtos pesados sem a presença do consumidor – foram fiscalizados 366 itens, com 36 irregularidades, principalmente, em biscoitos, pães, frios e café, por peso abaixo do apontado na embalagem ou com informação incorreta. Houve também aumento no volume de fiscalizações em relação ao período anterior, quando 301 produtos foram verificados.

Já na área da Qualidade, foram inspecionados mais de 140 mil itens, entre brinquedos, material escolar, eletrodomésticos, televisores e produtos têxteis. Desses, 1.507 apresentaram irregularidades, como falta do Selo do Inmetro em produtos com certificação obrigatória, da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) em eletrodomésticos e televisores e de informações obrigatórias nas etiquetas.

Foco em Setores Sensíveis

Apesar da melhora geral, o Instituto mantém o alerta para setores que demandam atenção contínua. No último trimestre, as fiscalizações confirmaram a necessidade de reforço nas verificações da venda de pão francês, que deve ser feita apenas por peso, e nos dispensers de Gás Natural Veicular (GNV), onde foram identificadas taxas de irregularidade acima da média.

Penalidades e Canal de Denúncias

Estabelecimentos com irregularidades são autuados e poderão ser multados. O Ipem/RN, órgão delegado do Inmetro e autarquia do Governo do Estado vinculada à Sedec/RN, reforça que a população pode ser parceira nesse trabalho. Denúncias podem ser feitas na Ouvidoria, via e-mail (ouvidoria@ipem.rn.gov.br) ou por telefone e Whatsapp (84) 99802-0364.

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Banco Central mantém juros básicos em 15% ao ano pela quarta vez seguida – Blog de Assis

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Agência Brasil

O recuo da inflação e a desaceleração da economia fizeram o Banco Central (BC) não mexer nos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 15% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.

Em comunicado, o Copom não deu pistas de quando deve começar a cortar os juros. Assim como na última reunião, repetiu que o cenário atual está marcado por grande incerteza, que exige cautela na política monetária, e que a estratégia do BC é manter a Selic por bastante tempo.

“O comitê avalia que a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta. O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que, como usual, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, destacou o comunicado.

Essa é a quarta reunião seguida em que o Copom mantém os juros básicos. A taxa está no maior nível desde julho de 2006quando estava em 15,25% ao ano.

Após chegar a 10,5% ao ano em maio do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro de 2024. A Selic chegou a 15% ao ano na reunião de junho, sendo mantida nesse nível desde então.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em novembro, o IPCA ficou em 0,18% , o menor nível para o mês desde 2018. Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,46% em 12 meses, voltando a ficar dentro do teto da meta contínua de inflação.

Pelo novo sistema de meta contínua, em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa a ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em dezembro de 2025, a inflação desde janeiro do mesmo ano é comparada com a meta e o intervalo de tolerância.

Em janeiro de 2026, o procedimento se repete, com apuração a partir de fevereiro de 2025. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Política Monetária, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária diminuiu para 4,8% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa será revista, por causa do comportamento do dólar e da inflação. A próxima edição do documento, que substituiu o antigo Relatório de Inflação, será divulgada no fim de dezembro.

As previsões do mercado estão mais otimistas. De acordo com o boletim Focopesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,4%, levemente acima acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,55%.

Fonte: Agência Brasil

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CCJ da Câmara se posiciona a favor de cassação de Carla Zambelli

CCJ da Câmara se posiciona a favor de cassação de Carla Zambelli

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou por 32 votos a 27 o relatório do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), que se posicionou contrário à cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

O deputado Claudio Cajado (PP-BA) foi indicado como novo relator e deve recomendar a cassação da parlamentar, já condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, multa e a perda do mandato por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Durante o debate da CCJ, Carla Zambelli, que está presa na Itália, fez sua defesa por ligação de vídeo. Antes de ter a prisão decretada, a deputada fugiu para Itália, onde foi presa e aguarda decisão da Justiça italiana sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil.

Na terça-feira (2), o relator do processo de cassação da deputada na CCJ, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), emitiu parecer contrário à perda de mandato da parlamentar, com base em um laudo apresentado por perícia contratada pela defesa. Na mesma sessão, o processo de votação do relatório foi interrompido após pedido de vista coletivo.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), chegou a declarar que entraria com um mandado de segurança no STF para que a Mesa Diretora cumprisse a determinação da Corte.

Na tarde de terça-feira (9), antes da aprovação do projeto de lei que prevê a redução de penas de pessoas condenadas pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e pela tentativa de golpe de Estado, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que levaria ao plenário os processos contra Carla Zambelli e Delegado Ramagem (PL-RJ), já condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e o do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), a partir desta quarta-feira (10).

Para que o plenário da Câmara dos Deputados casse o mandato da deputada é necessária a maioria absoluta de votos favoráveis, o que corresponde a pelo menos 257 votos dos 513 parlamentares da Casa.

*Com informações de Agencia Brasil

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PRF e Receita Federal apreendem em Goiana caminhão com 700 Kg de maconha que seria entregue no RN – Blog de Assis

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Uma carga com cerca de 700 Kg de maconha que era transportada em um caminhão foi apreendida, nesta quarta-feira (10), em uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Receita Federal (RF).

O motorista do veículo foi detido em uma fiscalização realizada na BR 101, em Goiana, na Zona da Mata de Pernambuco.

Agentes realizavam uma blitz próximo à divisa com a Paraíba, quando abordaram um caminhão com lonas. Durante a abordagem, o motorista entrou em contradição e chamou a atenção da equipe.

Ao verificar o compartimento de carga do veículo, foram encontradas diversas caixas de papelão com tabletes de maconha. O motorista disse que tinha pego a droga em São Paulo para entregar no Rio Grande do Norte.

O homem e a droga foram encaminhados à Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Recife. Ele poderá responder por tráfico de drogas, que prevê pena de 5 a 15 anos de reclusão.

Fonte: PRF

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Votações sobre Glauber e Zambelli devem dividir esquerda e direita do RN

Votações sobre Glauber e Zambelli devem dividir esquerda e direita do RN

A Câmara dos Deputados vota nesta quarta-feira (10) os processos de cassação contra os deputados Glauber Braga (PSOL-RN) e Carla Zambelli (PL-SP). As matérias devem dividir, mais uma vez, os parlamentares federais do Rio Grande do Norte. Fernando Mineiro (PT) e Natália Bonavides (PT), representantes da esquerda, já saíram em defesa de Glauber, que possui raízes potiguares.

A sessão está marcada para às 15h55. A representação contra Glauber Braga foi apresentada pelo Partido Novo em abril de 2024, por alegação de quebra de decoro parlamentar. Glauber atribui o movimento a uma retaliação direta do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O episódio utilizado como justificativa formal remonta a abril de 2023, quando Glauber expulsou da Câmara um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) que o provocava reiteradamente.

Também deve ser votada representação contra Zambelli, apresentada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em razão de condenação criminal transitada em julgado. Em agosto deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Em outubro de 2022, na véspera do segundo turno da eleição presidencial, ela perseguiu, com arma em punho, um apoiador do presidente Lula em uma rua de um bairro nobre de São Paulo.

A inclusão das votação na pauta da Casa legislativa foi anunciada nesta terça (9) pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele também anunciou que na próxima semana entra em pauta o caso de Alexandre Ramagem (PL-RJ). Já a decisão sobre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que ultrapassou o limite de faltas permitidas pelo regimento, será tomada pela Mesa Diretora.

Logo após o anúncio de Motta, Braga ocupou a cadeira da presidência da Câmara nesta terça e foi retirado à força por policiais legislativos. A ocupação durou duas horas. A TV Câmara cortou a transmissão durante o momento de tensão, e jornalistas foram retirados do plenário pelos policiais do Congresso.

Em coletiva de imprensa, o deputado criticou sua retirada e comparou o momento com a ocupação realizada por parlamentares bolsonaristas em agosto deste ano, que realizaram um ato de ocupação no plenário em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Ali (quando os apoiadores de Bolsonaro ocuparam as cadeiras) sobrou negociação e em nenhum momento foi cogitada a retirada à força. O que está acontecendo é uma ofensiva golpista”, disse Glauber.

Mineiro e Natália saem em defesa de Glauber e criticam Zambelli

Em posicionamento nas redes sociais, Fernando Mineiro chamou a retirada de Braga da cadeira da Presidência de ato “absurdo”.

“Após o deputado Glauber Braga ocupar a mesa contra a decisão de vincular seu processo de cassação ao da deputada condenada e foragida Zambelli, em minutos a Polícia Legislativa usou da força contra o deputado em uma cena lamentável”, criticou.

Natália Bonavides disse ser um desrespeito com o povo brasileiro igualar o caso de Carla Zambelli e de Glauber Braga, colocando juntos para votação.

“Querem igualar quem atenta contra a democracia a quem presta importante serviço público denunciando a corrupção”, disse.

Ela também denunciou o corte do sinal da TV Câmara e a retirada da imprensa no momento em que Glauber ocupava a cadeira da Presidência, classificando os atos como “medidas autoritárias”.

Raízes potiguares

Apesar de ter nascido em Nova Friburgo (RJ), Glauber Braga tem laços com o Rio Grande do Norte. Parte da sua família materna é de Mossoró e reside em Natal, cidade que ele frequenta desde a infância.

“Minha família por parte de mãe é de Natal, vinda de Mossoró. Frequento Natal desde criança, antigamente vinha todos os anos. Ultimamente, com o trabalho e meu filho pequeno, venho menos, mas sigo com muito carinho por essa terra”, contou, em entrevista anterior à Agência SAIBA MAIS.

Saiba Mais

Glauber Braga em Natal: “Cassação é tentativa de silenciamento contra quem denuncia o Orçamento Secreto”

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CCJ do Senado Federal aprova fim da jornada de trabalho 6×1, estabelecendo uma jornada semanal de 36 horas

CCJ do Senado Federal aprova fim da jornada de trabalho 6×1, estabelecendo uma jornada semanal de 36 horas

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (10), o fim da escala de seis dias de trabalho por um dia de descanso (6×1) e a redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais. Ambas as mudanças são sem redução salarial. Agora, o tema segue para plenário do Senado.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148 de 2025 foi incluída na pauta da CCJ como matéria “extra”, sem aviso prévio, e aprovada por votação simbólica. De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), a PEC foi relatada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).

O relator explicou que a PEC reduz, já no primeiro ano após a aprovação do texto, a jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Durante os quatro anos seguintes, haveria uma redução de uma hora de trabalho, por ano, até chegar às 36 horas semanais.

“São mais de 150 milhões de brasileiros que se beneficiarão com esta PEC, considerando os trabalhadores, considerando as famílias e considerando quem contrata também, porque vai movimentar a economia, vai mudar a realidade social deste país”, disse Rogério Carvalho.

Em seu parecer, o relator na CCJ argumentou que a jornada de 6×1 está associada ao aumento dos riscos de acidentes em razão do cansaço, por diminuir a qualidade do trabalho e por causar danos a saúde, prejudicando o bem-estar do trabalhador.

“No Brasil, as redes sociais têm sido tomadas nos últimos meses por manifestações contrárias à jornada 6×1, considerada exaustiva pelos trabalhadores. Nesse sentido, foi criado o Movimento Vida Além do Trabalho, com o objetivo de alterar a legislação para assegurar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal”, escreveu Carvalho em parecer.

A votação da PEC como extra-pauta foi criticada pelo senador da oposição Eduardo Girão (Novo-CE), que disse que queria ter tido a oportunidade de pedir vista para analisar a proposta e fazer contribuições ao texto.

“Se fazer isso, na véspera de um recesso, tirando esse direito do parlamentar de pedir vista. Me sinto violentado por essa atitude. Eu sei que teve audiência pública sobre o assunto, mas precisava ter o direito regimental de pedir vista. A única coisa que eu posso dizer é que vamos tentar, lá no Plenário, ver se é possível fazer uma audiência pública para melhorar o projeto, porque tudo pode ser melhorado”, afirmou o senador cearense.

O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), respondeu que não é incomum a inclusão de matérias extra-pautas na Comissão, destacando que o tema foi debatido em audiência pública.

“Eu lamento vossa excelência não ter participado de três audiências públicas que nós fizemos e vossa excelência não compareceu em nenhuma delas. Nós tínhamos o compromisso, inclusive com o senador Paulo Paim, de votar (a PEC) ainda este ano”, respondeu.

A Câmara dos Deputados também discute o tema na subcomissão especial dedicada a analisar a escala 6×1. Na semana passada, ao apresentar o parecer, o deputado Luiz Gastão (PSD-CE) rejeitou o fim da escala 6×1 e propôs a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais.

O relator na Câmara alegou que seu texto foi a saída “possível” dentro da realidade econômica das empresas brasileiras e da elevada informalidade do mercado de trabalho.

“(A PEC original) poderia acarretar sérias consequências econômicas adversas, tais como queda na produção, redução da produtividade e elevação dos índices de desemprego”, afirmou Luiz Gastão.

O relatório lido na última quarta-feira (3) na subcomissão da Câmara modificou o texto original da PEC de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que previa o fim da escala 6×1 e uma jornada de 36 horas semanais.

*Com informações de Agencia Brasil

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Tribunal de Contas do Estado suspende pregão de monitoração eletrônica por falhas estruturais – Blog de Assis

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O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) determinou, em decisão monocrática proferida pelo Conselheiro Substituto Marco Antônio de Moraes Rêgo Montenegro, a suspensão cautelar do Pregão Eletrônico nº 90006/2025, aberto pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP/RN) para contratação de serviço de monitoração eletrônica de pessoas.

A medida foi adotada após apuração preliminar apontar indícios de irregularidades capazes de comprometer a competitividade e a lisura do certame. O Ministério Público de Contas opinou pelo deferimento da cautelar, respaldando a intervenção imediata.

O Tribunal identificou dois problemas centrais. O primeiro refere-se ao acúmulo indevido de funções por servidor responsável por etapas essenciais: elaboração do Estudo Técnico Preliminar, análise de riscos, decisão sobre impugnações e gestão do contrato atualmente vigente.

O Núcleo de Auditoria Interna da Controladoria-Geral do Estado qualificou essa concentração como vício estrutural, por violar o princípio da segregação de funções e criar risco de parcialidade.

O segundo ponto é técnico: o Termo de Referência exigia, de forma exclusiva, o uso do aplicativo WhatsApp sem previsão de solução equivalente ou justificativa técnica formal. Tal exigência foi considerada potencialmente restritiva da competitividade e como possível direcionamento tecnológico.

Apesar da suspensão do novo certame, o TCE-RN salientou que não há risco de descontinuidade do serviço. O Contrato nº 019/2024 permanece vigente e apto a assegurar a monitoração eletrônica enquanto se conclui a instrução do processo. A decisão monocrática, assinada em 05 de dezembro de 2025, leva em conta também decisão judicial anterior que determinou a manutenção do contrato vigente por prazo determinado.

Entre as determinações do Conselheiro Marco Montenegro estão: a intimação da SEAP/RN para apresentação de defesa; a obrigação de adotar medidas que garantam a continuidade do serviço (como eventual prorrogação emergencial do contrato atual); o afastamento do servidor apontado de quaisquer atos relacionados ao pregão, ao contrato vigente e a processos sancionatórios envolvendo a empresa denunciante; e o apensamento do processo ao feito correlato (Processo nº 303485/2024-TC).

O TCE instruiu a Diretoria de Controle de Contas de Gestão a fazer análise técnica complementar, com levantamento comparativo de preços entre o contrato vigente, a estimativa do pregão e contratos semelhantes em outros Estados. Caso se identifique sobrepreço, o Tribunal poderá suspender pagamentos excedentes até decisão final.

Fonte: TCE RN

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