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O homem suspeito de cometer importunação sexual contra mais de 15 mulheres no circular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e em outras linhas intermunicipais de Natal ganhou liberdade concedida pela Justiça. De acordo com a Polícia Civil, a justificativa dada é que ele passa por um tratamento psiquiátrico.
O suspeito havia sido preso em 15 de maio em um condomínio no bairro Petrópolis, na Zona Leste, por policiais da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher das Zonas Oeste, Leste e Sul (DEAM ZLOS).
Ele tem 33 anos de idade e já havia sido preso duas vezes por cometer o mesmo crime no estado de Minas Gerais (MG). Ele foi identificado após diligências que tiveram o apoio das vítimas, além do cruzamento de informações de linhas e horários dos ônibus.
As investigações apontam que os casos vinham ocorrendo desde fevereiro desse ano, mas se intensificaram no mês de março. As vítimas, em sua maioria estudantes UFRN, relataram que foram importunadas em transportes públicos e decidiram compartilhar suas experiências em um grupo de WhatsApp.
Algumas delas relataram que foram importunadas mais de uma vez. A delegada Victória Lisboa, titular da Deam, disse que outras mulheres, possivelmente, também foram vítimas do mesmo suspeito, mas não fizeram denúncia.
Onda de denúncias começou em abril
A onda de denúncias de assédio sexual nos ônibus circulares da UFRN) veio à tona no início de abril, quando pelo menos 20 estudantes relataram terem sido vítimas dessa violência.
UM Agência Saiba Mais noticiou o caso de três estudantes que confirmaram terem sofrido assédio na linha circular da UFRN. Os depoimentos são parecidos, assim como a forma de agir do assediador.
As vítimas registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil, além de abrirem uma queixa na Ouvidoria da UFRN, mas até então não se sabe se os casos de assédio foram praticados por um único assediador ou por mais pessoas.
Os relatos apontam para um padrão de abordagens invasivas, comportamentos abusivos e o mesmo modo de agir: mesmo com outros lugares vagos no ônibus, o abusador se senta ao lado da vítima, usa uma mochila para disfarçar sua ação e coloca a mão sobre a perna dela.
As reações das vítimas variam do choque inicial, passando pelo medo e chegando ao pânico. “A única reação que tive foi pedir para sair. Não sei se ele ficou, achei que tivesse imaginando coisas, porque ele age de uma forma muito sutil, faz você pensar que é o peso da mochila”, relatou uma das estudantes.
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