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Um levantamento da Transparência Internacional – Brasil, divulgado nesta semana, avaliou o nível de abertura dos governos estaduais na gestão de emendas parlamentares e na execução de obras públicas. O estudo mostra avanços em alguns pontos, mas também revela falhas que ainda comprometem a clareza do uso do dinheiro público. O Rio Grande do Norte aparece na 16ª colocação no ranking nacional do Índice de Transparência e Governança Pública 2025, com 66,9 pontos, numa escala que vai de 0 a 100.
O desempenho foi classificado como “bom”, mas deixa o estado em uma posição intermediária no cenário nacional, distante dos líderes em transparência. A gestão estadual, segundo o levantamento, destacou-se positivamente nas dimensões “Transformação Digital e Comunicação e Plataformas”.
O estudo cita como principais avanços “a utilização de ferramentas de inovação digital aplicadas ao atendimento ao cidadão”, a disponibilização de “cartas de serviços estaduais atualizada” e a inovação “nas políticas de transparência e combate à corrupção por meio de laboratório de inovação”.
O levantamento também destaca a abertura de um “canal de registro de denúncias anônimas de corrupção” e a “acessibilidade digital para a população em seu portal governamental principal”.
O pior desempenho do Governo do Estado no Índice de Transparência e Governança Pública 2025, segundo o estudo, “foi nas dimensões de Dados e Participação Social”.
Os destaques negativos são: divulgação parcial de informações sobre audiências e consultas públicas e sobre o funcionamento dos conselhos estaduais; ausência de conselho de usuários dos serviços públicos ativo; inexistência de plano de dados abertos vigente; e não divulgação de inventário de dados e catálogo de dados abertos do estado.
O estudo conclui que, embora apresente desempenho considerado como “com”, “o governo estadual precisa promover melhorias, especialmente em relação à participação social e promoção de dados abertos”.
“O fortalecimento dessas áreas é essencial para que o Estado melhore sua classificação no Índice de Transparência e Governança Pública”, aponta o levantamento.
Comparação com Nordeste
Na comparação com os vizinhos da região Nordeste, o governo potiguar ficou atrás do Ceará (89 pontos, 4º lugar geral, avaliação “ótimo”), Alagoas (81,3 pontos, 6º lugar, avaliação “ótimo”), Maranhão (76,9 pontos, 7º lugar, avaliação “bom”) e de Pernambuco (72 pontos, 11º lugar, avaliação “bom”).
O Rio Grande do Norte ficou à frente dos estados da Paraíba (64 pontos, 18º lugar, “bom”), Bahia (53,1 pontos, 22º lugar, “regular”), Sergipe (51 pontos, 23º lugar, “regular”) e Piauí (51 pontos, 22º lugar, “regular”).
Contexto nacional
O índice mostrou que apenas três estados — Acre, Minas Gerais e o Distrito Federal — publicam informações integrais sobre a execução de emendas.
Na liderança nacional aparecem Espírito Santo (95 pontos), Goiás (93) e Minas Gerais (89), todos classificados como “ótimo”.
Já entre os piores estão Amapá (47), Roraima (48) e Acre (50), todos com avaliação “regular”. A média nacional foi de 69,8 pontos, considerada “boa” pela Transparência Internacional.
