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Presidente da CNI diz que atuará contra aumento de impostos e defende menos gasto

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, se opõe às propostas de aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e da tributação dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) encaminhadas pelo governo ao Congresso.

“Não conseguimos administrar nem aceitar mais nenhum aumento de carga tributária, principalmente para o setor industrial”, disse Alban, em participação no Entrevistas CNN que vai ao ar neste fim de semana. “Não é mais possível”.

Segundo ele, essa posição já foi transmitida para o Ministério da Fazenda — autor da proposta — quanto para lideranças do Congresso. “Não há condições de termos convergência nesse ponto”, ressaltou o presidente da CNI.

Buscando déficit zero em 2025, a equipe econômica propôs o aumento da CSLL em até dois pontos percentuais e a alta de 15% para 20% da alíquota do Imposto de Renda incidente sobre JCP.

Juntas, as duas medidas devem gerar quase R$ 21 bilhões no ano que vem. O aumento consta de projeto de lei enviado ao Congresso com pedido de urgência.

Além da CSLL e do JCP, o governo encaminhou outra proposta: a criação de um imposto mínimo de 15% sobre o lucro de empresas multinacionais.

O objetivo é adequar o Brasil a um acordo global, no âmbito da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que busca evitar que grandes companhias paguem menos tributos ao migrar suas operações para países com taxas menores. O imposto mínimo efetivo de 15% afetaria múltis com receitas anuais de 750 milhões de euros ou mais.

Para o presidente da CNI, é preciso pensar em uma “racionalização” do gasto público como alternativa ao aumento da carga tributária.

“Nós já tivemos aumento de carga razoável desde o ano passado. Desde o fim de 2013, viemos nesse embate, os aumentos (de carga) para ajustes fiscais”, afirmou Alban.

“Agora, o que nós temos que ter é um bom senso de buscar as alternativas necessárias”, acrescentou o empresário. “Eu não digo redução de gastos, eu digo racionalização. E tem muito que ser feito”.

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