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Política pública e saúde coletiva: Parnamirim mapeia população animal

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A cidade de Parnamirim dará início, na próxima quinta-feira (5), a um importante processo de mapeamento da população de cães e gatos no município. Trata-se do Censo Canino e Felino, iniciativa promovida pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde (SESAD), com o objetivo de reunir dados essenciais para a formulação de políticas públicas voltadas à proteção e ao cuidado com a vida animal, um direito que, embora muitas vezes negligenciado, integra a luta por uma cidade mais justa, saudável e inclusiva.

A coleta de dados será realizada por agentes do Departamento de Vigilância em Saúde, de forma descentralizada e por fases, buscando garantir que todos os territórios da cidade sejam contemplados, das áreas centrais às periferias historicamente invisibilizadas pelo poder público.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Rogério Gurgel, o censo será uma ferramenta fundamental para o planejamento de ações estruturantes na área da saúde coletiva, que articulem o bem-estar dos animais com o cuidado integral das comunidades humanas. “Com essas informações em mãos, poderemos implementar com mais eficácia campanhas de vacinação, castração e prevenção de zoonoses, além de políticas educativas e de acolhimento que promovam o cuidado ético e responsável com cães e gatos, especialmente nas regiões mais vulneráveis da cidade”, destacou.

A primeira etapa da ação será realizada nos bairros de Cajupiranga, Centro, Cohabinal, Cotovelo, Liberdade, Parque de Exposições, Parque do Jiqui, Santa Tereza e Vale do Sol. Em seguida, a pesquisa será expandida para o restante da cidade.

Mais do que um simples levantamento estatístico, o Censo Canino e Felino representa um passo importante na consolidação de políticas públicas comprometidas com a saúde, a equidade e o cuidado com todas as formas de vida. Ao reconhecer a população animal como parte integrante do tecido urbano e social. Com isso, promovendo um modelo de desenvolvimento que valorize o bem viver, a convivência harmoniosa e o direito à cidade para todos, humanos e não humanos.

O Brasil ultrapassou, em 2024, a marca de 160,9 milhões de animais de estimação, consolidando-se como a terceira maior população pet do mundo, com destaque para os 62,2 milhões de cães e 30,8 milhões de gatos. Diante desse crescimento expressivo, o governo federal sancionou, em dezembro do mesmo ano, a Lei nº 15.046, que institui o Cadastro Nacional de Animais Domésticos, ferramenta voltada à centralização de dados sobre tutores e seus animais, com o objetivo de fortalecer o combate aos maus-tratos, o controle de zoonoses e a localização de animais abandonados. Paralelamente, o Ministério do Meio Ambiente propôs a criação do Fundo Nacional de Proteção e Bem-Estar Animal, voltado ao financiamento de políticas públicas de esterilização, adoção e educação, refletindo um compromisso crescente do Estado com a saúde pública e os direitos dos animais no país.

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