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Natália Bonavides participa de reunião por liberdade de ativistas em Gaza

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A deputada federal Natália Bonavides se reuniu na noite desta segunda-feira (9) no Itamaraty junto a outros parlamentares de esquerda e à esposa do ativista Thiago Ávila para discutir sobre as medidas de segurança em favor dos detidos pelo Estado de Israel que tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza com a coalização da Flotilha da Liberdade — que tinha, entre os participantes, o próprio Ávila e a sueca Greta Thunberg.

A reunião contou com a presença da secretária-geral do Itamaraty, a embaixadora Maria Laura da Rocha. Lara Souza, esposa de Ávila, foi recebida ao lado de Natália, da deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e do deputado distrital Fábio Félix (PSOL-DF).

A secretária-geral confirmou a chegada de Thiago Ávila ao aeroporto de Tel Aviv, de onde deverá retornar ao Brasil em breve. Na rede social X, o Itamaraty disse que a secretária-geral assegurou a presença de funcionários da Embaixada do Brasil no aeroporto para garantir que o brasileiro receba tratamento digno e tenha seus direitos observados. O órgão também reafirmou o compromisso nacional com o Estado da Palestina, reconhecido pelo Brasil em 2010, e sublinhou a importância da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), cuja Comissão Consultiva será presidida pelo Brasil a partir de 1º de julho de 2025.

À reportagem, Natália Bonavides disse que a interceptação, em águas internacionais, do barco em que levava ajuda humanitária a Gaza, é mais uma violação por parte de Israel.

“O governo brasileiro, através do Itamaraty, não está medindo esforços para garantir que o ativista brasileiro detido possa retornar em segurança para o Brasil. Ontem à noite ele foi encaminhado para o aeroporto, mas afirmou que aguardaria a confirmação da liberdade dos demais ativistas para poder retornar ao Brasil. Então, passa a aguardar por audiência judicial que autorize a deportação involuntária”, afirmou.

Na reunião com autoridades, a deputada disse que foi solicitado ao Itamaraty que ele pudesse voltar para o Brasil em segurança.

“O órgão está acompanhando o caso em tempo real e em contato direto com a esposa do ativista, prestando todo o apoio para que esse retorno possa se dar pelo modo mais seguro e ágil possível”, explicou.

“Diante desse grave cenário de genocídio por parte de Israel, que já contabiliza mais de 50 mil mortes de palestinos, que têm mulheres e crianças como as principais vítimas, estamos buscando que o governo se posicione com medidas concretas, como o rompimento das relações comerciais entre Brasil e Israel. Seguimos trabalhando em defesa das vidas e da liberdade palestina”, continuou a deputada.

Segundo as últimas informações fornecidas pela Flotilha da Liberdade na manhã desta terça (9), quatro dos 12 sequestrados em águas internacionais foram deportados, enquanto oito permanecem detidos injustamente — Ávila está nesse grupo que segue preso. Os deportados até o momento são Baptiste Andre (França), Greta Thunberg (Suécia), Sergio Toribio (Espanha) e Omar Faiad (França).

“Israel está lidando com a custódia de todos os 12 como se tivessem entrado ilegalmente — embora tenham sido sequestrados à força em águas internacionais e trazidos para Israel contra sua vontade”, diz a nota da Flotilha da Liberdade, em inglês.

Ainda no início da manhã da segunda, o governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, disse que acompanha com atenção a interceptação, pela marinha israelense, da embarcação Madleen, que se dirigia à costa palestina para levar itens básicos de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

“Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos. Sublinha, ademais, a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante. As Embaixadas na região estão sob alerta para, caso necessário, prestar a assistência consular cabível, em consonância com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, informou o governo brasileiro.

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