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Mais de 80% reprovam ataque de Michelle Bolsonaro a Lula em Natal

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Uma análise de 100 mil posts nas redes sociais mostrou que 80,7% dos usuários reprovam o uso do termo “pinguço” usado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) contra o presidente Lula (PT). O ataque, que veio acompanhado de outras palavras depreciativas, ocorreu em evento sediado em Natal no último sábado (16).

A análise foi feita pela AP Exata a pedido do Contexto Metrópoles. As citações a Michelle nas redes sociais nos últimos três dias mostram 60,5% de comentários negativos, ante 39,5% de positivos. Os que aprovam a subida de tom contra o atual presidente são, em sua maioria, do núcleo bolsonarista.

Ao Contexto Metrópoles, o cientista de dados e CEO da AP Exata, Sergio Denicoli, disse que a estratégia de Michelle foi equivocada e afasta um terço do eleitorado que não quer mais ver agressividade na política.

“Ela tem presença forte, mas não é o Bolsonaro. Não agrega tanta defesa em torno dela, e as forças governistas se levantam muito contra ela. Foi uma fala infeliz, que mais atrapalhou do que ajudou”, afirmou.

Ataques e desinformação

Michelle esteve em Natal para participar do Seminário Rota 22, criado pelo líder do PL no Senado, o potiguar Rogério Marinho. A capital potiguar também recebeu o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Em seu discurso, Michelle subiu o tom contra Lula.

“Se autointitula o pai da pobreza e está trazendo as pessoas para a miséria. Nós não vamos mais aceitar essas falácias. Mentirosos. Cachaceiro. Pinguço. Irresponsável. É isso que ele é. Mas não tem problema, porque a lei da semeadura é para todos”, disse.

Apesar da família Bolsonaro atuar junto à direita nos Estados Unidos e do envolvimento de Eduardo Bolsonaro no tarifaço de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Michelle ainda tentou culpar o governo Lula pelo problema criado aos empresários brasileiros afirmando que o atual presidente provoca Trump para receber sanções e culpar os Bolsonaro.

“Fica provocando para que a gente receba sanções, para a culpa ficar na nossa família (Bolsonaro). Sabe o que acontece quando você faz isso? Sanção são (sic) para países que estão prestes a perder a sua liberdade. Sanção vem para países ditadores e, para misericórdia de Deus, ainda não somos por conta do trabalho, por conta da força, da resistência de cada um de vocês que estão aqui que não se amedrontam e vão para as ruas exigir liberdade, anistia para aqueles que estão presos”, acrescentou.

A ex-primeira-dama disse que “ele (Lula) se auto intitula o pai da pobreza e tá trazendo as pessoas para a miséria”. Os dados, no entanto, mostram o contrário. Em 2022 o Brasil voltou ao Mapa da Fome segundo a ONU, com o número de brasileiros que não sabiam o que iriam comer na próxima refeição acima da média mundial.

Entre 2019 e 2021, período do governo Bolsonaro, 61 milhões de brasileiros enfrentaram dificuldade de se alimentar e 15 milhões passaram fome. Entre 2014 e 2016, eram menos de 4 milhões de pessoas nessa situação.

Apenas em junho deste ano o Brasil saiu do Mapa do Fome, segundo anúncio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU).

(Tagstotranslate) Lula (T) Michelle Bolsonaro

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