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Calvário do Grêmio segue com queda precoce e aumenta pressão para Série B

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O calvário gremista parece não ter fim. Depois do rebaixamento dolorido no ano passado, 2022 não começou muito promissor para o Grêmio. Ontem (1º), a queda na primeira fase da Copa do Brasil diante do Mirassol foi mais um capítulo do momento assustador do time gaúcho e aumentou a pressão para o que resta: buscar o retorno para a elite.

Não é novidade que a temporada seria dura. Pelas restrições orçamentárias como reflexo da queda de divisão, a equipe naturalmente perderia qualidade. Mas poucos tricolores conseguiriam prever tantos percalços logo na arrancada.

A derrota para o Mirassol por 3 a 2, ainda que tenha ficado durante 30 minutos com um jogador a mais em campo, é apenas um ato do que já aconteceu em 2022. E muda o ambiente para o que está por vir.

O Grêmio demitiu Vagner Mancini em 14 de fevereiro deste ano. Estava invicto no ano, mas acreditava que o time não vinha jogando bem. Internamente, Mancini carregava a marca de não ter atingido o objetivo de evitar a queda no ano anterior.

Mas a saída do técnico foi uma mudança de rumos que gerou críticas. Não de torcedores que queriam a permanência, pelo contrário, os aficionados gostaram do desligamento. Mas por ter mantido Mancini durante toda pré-temporada e montagem do elenco. É consenso nos bastidores de que o Grêmio perdeu tempo.

Eis que desde a saída de Mancini, o time já perdeu duas vezes. Levou 3 a 1 do União Frederiquense com comando interino. Venceu o São Luiz já com Roger Machado, e agora está fora da Copa do Brasil.

“Vamos ter que reconstruir a autoestima dos atletas. Eu comentei com eles que não podemos nos habituar a perder. Este grupo já está calejado porque muitos participaram da campanha da queda para Série B. Temos que estar unidos neste momento. É preciso reconstruir este ano para fazer uma competição sólida e atingir nosso objetivo, que é retornar para elite do futebol brasileiro. É evidente que isso pesa, mais um insucesso pesa. Mas temos que sofrer hoje, amanhã, mas no final de semana já temos mais um jogo, por outra competição, que também é importante. Infelizmente ficamos pelo meio do caminho, numa fase que nunca tinha acontecido na história do clube, mas temos que entender o que aconteceu dentro de campo, o momento, mas reunir forças e estarmos juntos para o que vem pela frente”, disse Roger Machado.

O clássico Gre-Nal seria disputado no último sábado, mas foi adiado. O jogo contra o Inter, remarcado para o dia 9 de março, ainda ganhou contexto diferente que teria. Alvo de um ataque ao ônibus da delegação no deslocamento para o Beira-Rio, que feriu jogadores e ocasionou o adiamento, o Grêmio passou a atribuir publicamente responsabilidade ao rival pelo ocorrido. Tanto que protocolou uma notícia de infração contra o Colorado. Alimentou a rivalidade que agora poderá se voltar contra ele mesmo.

A sequência nefasta eleva ao extremo a responsabilidade para o que acontecerá a partir de abril — mês em que se encerra o Estadual. Restará apenas a Série B no calendário e a obrigação de voltar para a elite ganha ainda mais força a partir dos tropeços prévios.

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