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O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), confirmou a reunião da comissão desta segunda (15), destinada a ouvir Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. Apesar de decisão do STF facultar o comparecimento, a defesa de Antunes informou que ele pretende ir à comissão para apresentar sua versão. Viana afirmou que há esquema de segurança com a Polícia Legislativa e a PF e reforçou o compromisso de entregar relatório que aponte responsabilidades e recupere valores ao Tesouro.
Nesta sexta, a Polícia Federal, autorizada pelo ministro do STF André Mendonça, deflagrou a Operação Cambota, um desdobramento da Operação Sem Desconto, que investiga o esquema nacional de descontos não autorizados no INSS. Na operação, além de Antunes, foi preso o empresário Maurício Camisotti, também convocado a depôr na CPMI.
A convocação do “Careca do INSS” foi uma das mais solicitadas pelos parlamentares. Ao todo, foram apresentados 14 requerimentos com esse objetivo, incluindo do próprio presidente da CPMI e do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Em um deles (REQ 35/2025), o senador Izalci Lucas (PL-DF), classifica a participação do convocado como “medida inarredável e de urgência” diante das investigações que, segundo o senador, posicionam o lobista como o “epicentro operacional” do esquema criminoso.
“Relatórios de inteligência financeira apontam uma movimentação atípica e colossal de recursos por parte do investigado. Tais cifras estratosféricas, incompatíveis com qualquer atividade lícita declarada, constituem evidência material robusta de seu protagonismo na arquitetura financeira de uma das maiores fraudes já perpetradas contra a seguridade social brasileira”, acrescenta Izalci no requerimento.
Fonte: Agência Senado