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Prefeito do Rio confirma carnaval sem distanciamento ou redução de público

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Depois do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmar que a realização do carnaval depende das taxas de contágio de Covid-19, e da Liesa responder que prefere o adiamento se houver necessidade de público reduzido, o prefeito Eduardo Paes confirmou a programação para a folia em fevereiro e sem maiores restrições. Neste domingo, em agenda no Méier, Paes disse que a ciência vem permitindo a reabertura da cidade e que não há necessidade da população ser “viúva da pandemia”.

As colocações de Soranz e do presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro, foram feitas na audiência pública da Comissão Especial do Carnaval da Câmara de Vereadores do Rio, presidida por Tarcísio Motta (PSOL), nesta sexta. Soranz confirmou que a intenção é realizar o carnaval, mas adotou a cautela ao ressaltar a necessidade de haver um cenário epidemiológico favorável, com taxas de contágio baixas. Já o prefeito foi mais otimista e disse que não adianta comentar sobre “hipóteses” como redução de público pois o horizonte é de normalização da vida, possibilitada pela vacina.

A única certeza que a gente tem é que estamos vacinando todo mundo, e com todo mundo vacinado, a vida volta ao normal. Quem vai ficar fazendo distanciamento no Carnaval? Fica até ridículo, pedindo um metro de distância. Se tivesse, eu seria o primeiro a desrespeitar — brincou o prefeito, que confirmou a expectativa para o réveillon e carnaval. — Não vamos ficar também viúvas da pandemia, querendo que se tenha pandemia o resto da vida. A ciência avançou, venceu, e permitiu que se abra. Então vamos abrir, graças a Deus, disse.

Passaporte não será eterno

Nas últimas semanas, a cidade tem vivido um processo de retorno à normalidade, através da realização de eventos testes, como jogos de futebol com público, shows e festas. Neste sábado à noite, por exemplo, houve a primeira festa como oficialmente um evento teste na cidade, no Alto da Boa Vista.

Pelo o que estou vendo, as pessoas estão muito colaborativas. Ações agora são para abrir, voltar ao normal. Minha filha mesma foi numa festa sexta, grande, e teve que fazer teste antes. E as pessoas estão respeitando, fazem felizes porque sabem que é para a saúde dos outros — comentou Paes, que reforçou que o passaporte sanitário não é uma medida eterna. — Mais um tempo e a gente para de exigir, finalizou.

Primeira moto voadora do mundo chega às lojas em 2023 por R$ 2 milhões

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Speeder decola e pousa verticalmente, usa quatro turbinas e pode chegar a 240 km/h.

A primeira moto voadora do mundo chega ao mercado em 2023. A Speeder, da fabricante Jetpack Aviation, decola e pousa verticalmente (VTOL) e pode atingir velocidades de até 240 km/h na versão EVS. Quem estiver interessado no produto pode ir preparando o orçamento: a máquina entra em comercialização por US$ 380 mil (mais de R$ 2 milhões, em conversão direta).

O veículo voador opera com turbinas à combustão e conta com sistema de estabilização que o equilibra no ar para evitar quedas, pode subir a altitude de 4.570 metros e rodar tanto com querosene de aviação como com diesel, opções que impactam tanto na performance como também na autonomia.

Speeder é a moto voadora da Jetpack Aviation de US$ 380 mil — Foto: Divulgação/Jetpack Aviation

Inicialmente desenvolvida como um produto para uso militar, a Speeder será oferecida no mercado em versões diferentes. A UVS tem peso equivalente ao de uma motocicleta comum de 125 cc, velocidade limitada a 100 km/h e tanque com capacidade de 19 litros. Segundo a marca, a Speeder UVS dispensa licença ou habilitação de pilotagem especial – ao menos no contexto norte-americano – e eventuais compradores vão receber treinamento para aprender a pilotá-la. Já o modelo EVS, que vem desbloqueado para acelerar a até 240 km/h, é tida como um veículo de classe mais experimental.

Em qualquer um dos casos, o veículo tem propulsão de quatro motores turbojato com ângulo variável para permitir o controle de direção e de altitude da moto. A aceleração se dá pela inclinação do corpo do condutor. Projetando o corpo para a frente, a Speeder acelera. Para frear, basta inclinar para trás.

Speeder pode chegar a 240 km/h e oferecer autonomia de até 20 minutos — Foto: Divulgação/Jetpack Aviation
Speeder pode chegar a 240 km/h e oferecer autonomia de até 20 minutos — Foto: Divulgação/Jetpack Aviation

Além de prometer um sistema de estabilização que controla a inclinação da Speeder em tempo real de forma a anular movimentos bruscos e prevenir quedas, a Jetpack Aviation também indica que há uma tecnologia de detecção de obstáculos para evitar colisões.

Embora acene com alta performance, além da possibilidade de decolar e pousar em quase qualquer lugar, a Speeder tem uma limitação: as quatro turbinas precisam de bastante combustível para funcionar e isso implica em autonomia que não passa de 20 minutos com tanque cheio. Pode ser até menos do que isso, a depender do peso do condutor, da densidade do ar e da altitude pretendida.

Covid-19: Pfizer completa 100 milhões de doses da vacina entregues ao Brasil nesse domingo

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Com os 4 milhões de imunizantes que irão desembarcar no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, farmacêutica cumpre primeiro contrato que fechou com o governo federal.

A Pfizer completa, nesse domingo (3), 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19 entregues ao Brasil. A programação tem quatro voos com destino ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), totalizando 4 milhões de doses – é a segunda maior remessa que a farmacêutica envia ao país em um único dia – veja relação completa abaixo.

O primeiro dos quatro voos pousou no terminal de Campinas às 5h35, carregado com 520.650 doses. O segundo, com 1,5 milhão de doses, aterrissou às 6h – essa operação esteve marcada inicialmente para ocorrer na sexta, mas acabou reprogramada pela empresa.

Ainda no período da manhã o aeroporto recebeu uma terceira aeronave carregada com 854.100 imunizantes, enquanto o quarto e último voo, com mais 1,1 milhões de doses, está previsto para pousar à tarde.

Ao realizar as quatro operações neste domingo, a Pfizer vai completar 10,5 milhões de vacinas entregues em uma semana e cumprir o primeiro contrato de 100 milhões de doses da empresa com o governo federal.

Operação Lei Seca autua 69 motoristas por embriaguez ao volante em Santa Cruz

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Condutores se recusaram a fazer o teste de bafômetro durante blitz.

Uma blitz da Operação Lei Seca autuou 69 condutores por embriaguez ao volante na madrugada deste domingo (3), na cidade de Santa Cruz – a 111 km de Natal.

Segundo a Polícia Militar, estes motoristas se recusaram a fazer o teste de bafômetro e foram multados em R$ 2.934,70, além de terem o direito de dirigir suspenso por 12 meses.

Foi uma ação conjunta entre a Operação Lei Seca e a 4ª Companhia Independente de Polícia Militar em Santa Cruz. No total, foram abordados 549 veículos, lavrados 45 autos por infrações diversas e 11 veículos removidos.

Com R$ 3,8 mi, Agência de Fomento do RN registra recorde de financiamentos em 2021

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Setembro tem maior número de operações e valores financiados por meio das linhas de crédito da instituição.

Setembro registrou o maior número de financiamentos e valores financiados na Agência de Fomento do Rio Grande do Norte em 2021. No total, 886 empreendedores receberam apoio por meio de crédito e foram injetados R$ 3,8 milhões no período.

O mês com o melhor desempenho no ano de 2021 em termos de recursos investidos era abril, com R$ 3,3 milhões. Em termos de operações realizadas, o mês de agosto havia concentrado o melhor desempenho com 694 empreendedores beneficiados.

Em 2021, a AGN financiou o total de R$ 25,1 milhões na economia do estado a partir de 5.149 empreendedores atendidos pelas alternativas de crédito disponibilizadas pela instituição.

O resultado neste ano supera o volume total de recursos financiados anualmente entre 2015 e 2019.

A diretora-presidente da AGN, Márcia Maia, explica que o desempenho teve uma maior crescente a partir do mês de abril e que fatores como o avanço da vacinação contra Covid no estado e o aumento da confiança dos empreendedores na perspectiva de a pandemia arrefecer contribuíram para o resultado alcançado pela instituição.

“O empreendedor passou a buscar crédito para seu negócio, impulsionar estoque, investir em infraestrutura ou mesmo em garantir capital de giro para essa retomada”, conta. “Fortalecemos o trabalho em termos de presença nos municípios ao longo dos meses e, apenas no mês de setembro, conseguimos contemplar negócios em mais de 40 cidades, com a maior parte delas, com nossa equipe presente nos locais, em contato direto com o empreendedor formal, informal ou mesmo o agricultor familiar”, explicou Márcia.

Entre 24 de março de 2020 – quando os primeiros decretos foram estabelecidos no RN em razão da pandemia de Covid-19 – e 30 de setembro de 2021, 10.239 empreendedores tiveram crédito concedido. O volume total de recursos injetados nesses negócios representa R$ 49,7 milhões em financiamentos.

RN não registra morte por Covid-19 pelo 3º dia seguido, segundo Sesap

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Dados são da Secretaria de Estado de Saúde Pública

O Rio Grande do Norte não registrou mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados prévios divulgados neste sábado 2 pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap). De novembro de 2020 até 16 de agosto, o RN registrava mortes diárias por Covid-19. Contudo, desde quinta-feira 30 que o estado potiguar não registra, oficialmente, óbitos em decorrência do novo coronavírus.

Segundo especialistas, a redução nos índices de mortes, casos e internações é reflexo da imunização, e, por isso, reforçam a necessidade de todos realizarem o esquema vacinal. Além disso, a orientação é continuar mantendo medidas preventivas, como uso da máscara e higienização correta e frequente das mãos.

Confira os dados da pandemia no RN:

Óbitos:

  • Óbitos Confirmados para Covid-19: 7.340
  • Óbitos confirmados ocorrido nas últimas 24 horas: 0
  • Óbitos Suspeitos: 1.338
  • Óbitos descartados para Covid-19: 977

Casos:

  • Casos Confirmados: 368.935
  • Casos notificados e confirmados nas últimas 24 horas: 50
  • Casos Suspeitos: 176.762
  • Casos Descartados: 736.954
  • Casos Recuperados: 259.490
  • Casos em acompanhamento: 102.105

Padre é acusado de assediar e violentar sexualmente monges: “Você tá precisando disso aqui, de pinto”

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Casos aconteceram no interior de Minas Gerais. Vítimas relatam que foram vários ataques

O monge procurou o padre Ernani Maia dos Reis, líder do Mosteiro Santíssima Trindade, na cidade mineira de Monte Sião, para confessar um conflito interior entre sua vocação religiosa e o desejo de constituir família.

“Mas você é gay, casar para enganar uma moça, mentir pra ela uma vida inteira? Porque você é gay”, disse Ernani, de acordo com o relato do monge, que pediu para não ser identificado.

O monge afirma ainda que Ernani pegou uma de suas mãos e a levou até o próprio pênis, enquanto dizia a seguinte frase: “Você tá precisando disso aqui, de pinto”.

Cenas como a descrita acima, ocorrida no ano de 2016, eram comuns, afirma o monge. Relatos colhidos pela reportagem com integrantes do mosteiro dão conta de que Ernani, padre da Igreja Católica desde 2009, violentou e assediou sexualmente pelo menos oito monges. Ainda de acordo com os entrevistados, ele assediou moralmente outras 11 pessoas que viviam sob sua autoridade, por meio de humilhações e agressões verbais.

Os crimes sexuais foram cometidos, de acordo com os relatos, pelo menos de 2011 até 2018, quando ele se afastou do mosteiro. As oito vítimas eram homens, com idades entre 20 a 43 anos quando o assédio sexual começou. Já das 11 pessoas que sofreram constrangimentos e agressões verbais, dez eram mulheres.

Em uma dinâmica de abuso de poder, o padre Ernani usava seu lugar de líder espiritual para conquistar a confiança dos integrantes do mosteiro, se colocava como “um pai” com a intenção de envolvê-los pelo lado afetivo e oferecia “sessões de psicanálise” em que as próprias vítimas eram os pacientes.

Relatos dos crimes sexuais atribuídos a Ernani chegaram ao conhecimento da Igreja Católica por meio de investigações internas, mas o padre só foi afastado depois que ele mesmo pediu para sair do mosteiro, em agosto de 2018, alegando “cansaço” e “crise vocacional”.

Não consta que ele tenha recebido qualquer punição da Igreja Católica, que o enviou para uma casa de acolhimento para sacerdotes, por seis meses, com recursos do próprio mosteiro.

Entre novembro de 2020, o UOL entrevistou um total de 40 pessoas para produzir esta reportagem e o documentário “Nosso Pai”, lançado hoje.

As vítimas de assédio e violência sexual serão identificadas por numerais ao longo desta reportagem.

Padre nega as acusações
Ernani Maia dos Reis negou as acusações em duas oportunidades, mas se recusou a responder às perguntas específicas dos repórteres. Aos 53 anos de idade, ele vive em Franca (SP), onde mantém um consultório de psicanálise.

Das oito vítimas de violência sexual ouvidas pela reportagem, duas relataram os ataques atribuídos a Ernani durante a investigação da Igreja Católica. Todas as oito afirmaram que não receberam qualquer ajuda psicológica ou financeira da instituição.

Por sua vez, a Igreja Católica disse, em resposta enviada por email, que “nunca negou qualquer fato (dele) ou ato atribuído quando do exercício na liderança daquela comunidade” e que não se omitiu em relação ao caso.

“Foram constituídas auditorias, comissões de apuração em várias esferas de acompanhamento, sendo as respectivas comunicações, diretas aos representantes legais superiores (Nunciatura e Santa Sé). Nunca houve qualquer omissão nesse sentido”, lê-se na resposta enviada.

A igreja não respondeu sobre as conclusões das investigações internas, nem esclareceu que atitudes foram tomadas em relação aos relatos de crimes sexuais cometidos pelo padre Ernani. Também não respondeu qual o atual estágio do processo de saída de Ernani da Igreja Católica, que foi encaminhado ao Vaticano.

O caminho de Emaús

Em 1994, antes de se tornar padre, Ernani fundou, na cidade de Passos (MG), a 350 km de Belo Horizonte, uma comunidade de leigos denominada “Monges da Trindade”, no território da diocese de Guaxupé. No começo eram sete integrantes, entre homens e mulheres.

O grupo de jovens era conhecido na cidade, visitava as residências para rezar o terço e participar de outras atividades religiosas.

A postura de Ernani, líder do grupo, causava desconforto na igreja local, principalmente pelo poder que exercia sobre os membros.

Ernani criou uma formação espiritual chamada “Caminho de Emaús”, com duração de nove meses. O caminho de Emaús, na Bíblia, remete ao significado de que Deus se faz presente em qualquer lugar e em simples gestos.

O grupo de Ernani atraía cada vez mais participantes em cidades como Monte Sião.

Já era o ano de 2006 quando o bispo de Guaxupé e vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra, dom Mauro Pereira Bastos, desconfiou da atuação de Ernani e resolveu dissolver a comunidade. Em setembro, dom Mauro sofreu um acidente de carro na rodovia Fernão Dias (BR-381), envolvendo sete veículos, e morreu aos 51 anos. Ao todo, quatro pessoas foram carbonizadas.

Ernani se dizia perseguido por dom Mauro e outros padres de Passos, afirmam ex-monges. O grupo Monges da Trindade se mudou para Monte Sião, no sul de Minas Gerais, a 290 km de Passos, sem pedir autorização à Diocese de Guaxupé.

“Saímos fugidos de Passos”, diz José Renato Vilela, o único dos monges que sofreram assédio sexual a permitir ser identificado para esta reportagem.

Monte Sião tem 24 mil habitantes e é conhecida como a capital nacional do tricô. Também atrai o turismo religioso pela importância da Igreja Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, erguida em 1849. A paróquia de Monte Sião faz parte da arquidiocese de Pouso Alegre e estava, naquele ano de 2006, sob o comando do arcebispo dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho.

Dom Ricardo acolheu a comunidade e ajudou a organizar a papelada para que fosse oficialmente reconhecida. Ernani estabeleceu o uso do hábito e o estilo monástico, com clausura.

Ao mesmo tempo em que atraía mais membros, a comunidade se tornava mais fechada em si mesma. Os irmãos e as irmãs viviam em “celas” compartilhadas, que eram quartos com duas camas. Aos poucos, foram parando de sair das dependências do mosteiro. Chegaram a contar com 52 membros.

Os membros foram abrigados, no ano de 2009, por uma paróquia local com o nome de comunidade de leigos “Monges da Trindade”. No final desse mesmo ano, Ernani foi ordenado padre pelo arcebispo e a comunidade, então, foi aceita como o “Mosteiro da Santíssima Trindade”.

A população passou a visitar a obra. Centenas de pessoas passavam pelo mosteiro nos finais de semana, em busca de atendimento espiritual por meio de conversas com os monges.

Aos domingos, a missa recebia cerca de 200 fiéis. Havia produção de alimentos e de roupas. Na Páscoa, a venda de chocolates gerava um faturamento na casa de dezenas de milhares de reais, afirmam os monges ouvidos pela reportagem.

“Nosso Pai”

Há registros de que Ernani cursou letras, filosofia e teologia. Ele se formou na Escola Paulista de Psicanálise (EPP), no ano de 2015. Pianista, toca música clássica com destreza e tem livros publicados na área da espiritualidade.

As pessoas ouvidas pela reportagem o descrevem como “muito carismático, inteligentíssimo e com um grande poder de persuasão”. Também foi definido como “manipulador”, “sedutor”, “diabólico”, “perigoso” e “ardiloso”.

No mosteiro, Ernani era o prior, que significa chefe. Intitulou-se “abade”, cargo máximo na hierarquia da instituição religiosa. Do alto de seu poder, centralizava tudo: a formação espiritual, a gestão dos irmãos e das irmãs, a administração da instituição e as finanças. Tinha o controle de todos os âmbitos da comunidade e levava o dia a dia com rigidez.

“Ele mandava na nossa alegria e na nossa tristeza. A gente tinha a hora em que a gente podia rir”, diz José Renato.

Ernani gostava de ser chamado de “nosso pai” e, no início, tinha uma postura paternal. “Ele dizia: eu sou seu pai. Você precisa ter uma boa relação comigo, senão, não vai ter uma boa relação com Deus”, explica a vítima 8, uma das que sofreram violência e assédio sexual.

A entrada da psicanálise

A confiança criada pelo papel de abade e a postura paternal e afetiva faziam com que os monges compartilhassem suas angústias mais íntimas e seus traumas mais profundos com Ernani. Ele passou a aplicar teorias psicanalíticas nos próprios monges e monjas. Também começou a fazer sessões de análise com os irmãos.

“O Ernani usou a psicanálise para seduzir muitos meninos lá dentro e para ter o que ele queria: relação sexual”, afirma a vítima 8, que chegou a ter um relacionamento amoroso com o líder religioso por cerca de um ano.

Segundo as vítimas, o que parecia ser uma ajuda, na verdade era uma forma de o padre obter mais informações sobre cada um e manipular a comunidade a seu favor.

Com informação privilegiada, Ernani montava suas teorias. “Ele falou sobre umas coisas, que estava meditando sobre afetividade e a questão da transferência paterna e disse: ‘Vem cá, a gente tem quer ser curado na experiência. Deita aqui, nós vamos ficar abraçados’”, diz José Renato.

Para os frequentadores do mosteiro, ele era um religioso prestativo e atencioso. Dentro da comunidade, ele mudava completamente, afirmam mais de um dos entrevistados.

“Um dia ele me chamou para tomar uma cerveja na casa dele, pediu para passar creme [nas pernas]. Ele dizia: ‘Eu sou seu pai. Você precisa ter uma boa relação comigo, senão não vai ter uma boa relação com Deus’”, diz a vítima 2.

Obrigação de ser homossexual

O assunto das sessões de análise era restrito aos problemas de relacionamento com mãe e pai e a questões sobre sexualidade, relatam os oito monges que afirmam ter sofrido ataques sexuais. Ernani dirigia a análise até o ponto em que os monges se reconhecessem homossexuais.

“Você contava os problemas para ele. Ele te envolvia. Ele te compreendia, era como se ele te pegasse no colo. Até chegar a um ponto que você via que estava totalmente nas mãos dele”, relata a vítima 4, que sofreu assédio sexual em diversas ocasiões.

“Em uma das sessões, eu contei para ele que na minha infância eu tinha sofrido abuso sexual. Depois, ele usou isso contra mim. Perguntou se eu senti prazer ao ser abusado. Ele usava disso para insinuar que eu era homossexual.”

Nas entrevistas ao UOL, as vítimas relataram que “tentaram ser gays”. Os que não conseguiam vivenciar o desejo por outros homens se sentiam culpados diante de Deus, fracassados.

“Houve um período lá dentro em que eu tentei ser gay. Pensei: eu vou ser gay, vamos ver. Quando chegar um cara aí, eu vou reparar para ver se ele é gostoso ou não. Só que aquilo me gerava muito conflito. Porque eu não era, eu não sou”, afirma a vítima 4.

Quando um monge tinha dificuldade de lidar com a própria sexualidade —e Ernani sabia—, a situação era ainda mais delicada.

“Como foi um tabu a questão da minha sexualidade e eu coloquei tudo ali para ele nessa conversa, eu vi uma acolhida muito grande e isso mexeu comigo. E foi onde eu comecei a me aproximar dele. Eu me abri total mesmo”, conta a vítima 1, que afirma ter sofrido violência sexual cometida pelo padre. Ele conta que tinha ciência de sua homossexualidade, mas a reprimia desde criança.

A vítima 1 afirmou à reportagem que foi violentada sexualmente, durante uma viagem a Campinas, no ano de 2011. O relato que se segue foi ouvido também por monges e monjas entrevistados pelo UOL, que confirmam a essência do que foi dito pela vítima 1.

Na chegada à cidade, Ernani levou a vítima 1 ao cinema, almoçaram em um restaurante de comida abundante, onde ingeriram bebida alcoólica. À noite, Ernani sugeriu que eles fossem para um motel.

“Ernani tomou banho primeiro. E me pediu para fazer o mesmo. Quando saí do banheiro, ele estava deitado na cama. Só de cueca. Deitei e ele começou a passar a mão no meu corpo. Perguntou se eu queria realizar as minhas fantasias sexuais com ele”, diz a vítima 1.

“Ele me abraçou e começou a tocar o meu corpo. No final, transou comigo. Foi uma coisa abusiva. Foi ruim, não foi uma coisa como se eu quisesse. Foi uma situação horrível para mim.”

A vítima 1 afirma que depois disso não conseguia mais viver no mosteiro. “Hoje eu vejo um total abuso emocional e abuso sexual porque [naquele momento] eu não estava em mim. Ele se aproveitou das coisas que eu tinha contado.”

Quando chegou ao limite, esse jovem quis ir embora. Ao anunciar a saída, Ernani proibiu os outros irmãos e irmãs de se despedirem dele. A saída desse jovem monge, em 2018, fez com que outros casos de abuso começassem a ser revelados, relatam os entrevistados.

Visitas à casinha: emboscada 1

Os monges despertavam cedo, antes do nascer do sol, para orar e faziam as obrigações diárias na cozinha, na padaria do mosteiro, no galinheiro, na horta e na limpeza, além de estudar e atender a comunidade nos finais de semana.

Com o passar dos meses, Ernani foi morar em uma casa separada, dentro do terreno do mosteiro, com ar-condicionado, ducha particular, TV e internet. Dizia sofrer de insônia. Os entrevistados relatam que tinham receio de tocar o sino e acordá-lo antes da hora que ele quisesse.

Passou a exigir alimentação diferenciada, afirmava que tinha problemas de saúde. Fazia os monges irem à cidade —afastada do mosteiro, que ficava na zona rural—, sem o hábito (roupa imposta pelo padre Ernani aos monges e monjas) para buscar alimentos como um sushi, algo totalmente fora da rotina do mosteiro.

O ataque sexual na “casinha” —como a casa de Ernani era chamada— seguia um padrão de abordagem, de acordo com os relatos colhidos pela reportagem: um convite para ver um filme, assistir a um programa de TV ou tomar um banho quente, regalias que não existiam na vida monástica. Os encontros, na maioria das vezes, envolviam bebida alcoólica como vinho, uísque, cerveja ou cachaça.

As oito vítimas masculinas de ataques sexuais afirmam que ele se apresentava em roupas íntimas, ao começar o assédio na “casinha”.

“Ernani me chamava para ir na casa dele. Pedia para eu deitar na cama e fazer carinho. Ele me recebia de short ou de cueca samba-canção. Até que um dia pediu para massagear a parte íntima dele. Pediu para eu o masturbar”, relata a vítima 2. Situações semelhantes ocorreram outras vezes, disse.

“Ele tentou pegar nas minhas partes, mas eu não deixava.”

Em outra situação, o padre chamou um dos irmãos, a vítima 4, para tomar um banho quente e pediu para ele deixar a porta aberta. Dizia que era para fazer a barba. “Eu deixei a porta aberta e fechei a porta do box. E ele: ‘Pra que fechar a porta do box? Você tem vergonha de mim, que sou seu pai? Nossa, cadê a confiança?’.”

Na sequência, oferecia um vinho ou outra bebida. “Ele vinha querendo abraçar, passava a mão, essas coisas. Ele não dava a entender direito ‘vamos transar’. Era um passo a passo em que você vai se soltando. Relaxando. Ele vai te dar uma bebida aqui. Uma bebida ali. Até chegar num ponto que você vai ceder”, relata.

A vítima 5 relatou que sofreu assédio sexual por parte do padre Ernani. “Fui chamado na casa do Ernani. Ele estava só de shorts de dormir, sem camiseta e me convidou para tomar uma cervejinha. Sentou no sofá e jogou as pernas em cima das minhas e pediu para fazer carinho. Fiz e fiquei super sem graça”, disse.

Mas não cedeu. Na semana seguinte, a vítima 5 contou que foi chamada para uma viagem de compras em Campinas, em situação semelhante à descrita pela vítima 1. De novo o padre tentou seduzi-lo. Era outro tipo de emboscada sexual.

Viagens: emboscada 2

Vítimas e fontes ligadas à igreja descreveram dois tipos de armadilhas preparadas pelo padre Ernani para assediar sexualmente os “monges escolhidos”: os convites para encontros na casa do padre Ernani, que ficava dentro do mosteiro, e as viagens para longe de Monte Sião.

O objetivo oficial das viagens seria abastecer o mosteiro, como afirmou acima a vítima 1. Ernani viajava acompanhado de um monge. As irmãs nunca foram convidadas.

Três dos outros monges, que alegam que sofreram ataques sexuais, relatam procedimentos semelhantes durante essas viagens: compras em shopping, refeições fartas em restaurantes e uso de bebida alcoólica. Nas ocasiões em que viajaram com o padre, Ernani usou a desculpa de que o hotel estaria lotado e por isso seria necessário procurar um motel para passar a noite.

Os relatos coincidem em relação à abordagem: no quarto, Ernani sugeria ao irmão que mudasse os canais de TV até que surgiam os filmes pornôs. Gostava de observar a reação do convidado, segundo relatos.

De banho tomado e cueca, oferecia vinho. Abria a garrafa, tomava um pouco e se assegurava de que o acompanhante tomasse o restante. Na sequência, começavam as investidas, que nem sempre chegavam ao objetivo final, por resistência da vítima. Esse tipo de situação foi relatado à reportagem pelos oito monges que afirmam ser vítimas de violência e assédio sexual.

Ernani ficava aborrecido quando uma investida dele não obtinha o resultado desejado, conta a vítima 4, que passou por essa situação mais de uma vez.

“Em determinado momento, ele estava dormindo e punha a mão. Abraçava, ficava passando a mão. Alisava. Isso, comigo, ele tentou duas vezes. Lembro que na última vez que fui, eu dormi. E no outro dia ele estava bravo. Eu falei, o que aconteceu? Ele ficou bravo porque eu tinha dormido. Aí, ele usou da psicanálise para induzir que eu dormi porque eu estava reprimindo um desejo sexual para com ele”, diz a vítima 5.

Relacionamentos com monges

O padre Ernani, segundo diversas entrevistas, também manteve relacionamentos longos enquanto comandava a comunidade, que depois se tornou mosteiro. Ele elegia seus alvos, oferecia “privilégios” como parte da conquista e fazia daquela pessoa o seu escolhido.

O problema é que, para manter esses relacionamentos, ele usava das fraquezas de cada um e constrangia o monge publicamente quando sentia que estava perdendo o namorado, afirmam as vítimas.

“Ele dizia que conseguia identificar que tive uma ausência paterna na vida e por isso desejei ter relação sexual com meu pai, para ficar no lugar da minha mãe. Era o que ele chamava de ‘Édipo invertido’”, diz a vítima 7, que teve um caso de cerca de três anos com Ernani, entre 2011 e 2014.

A vítima 7 conta que foi difícil terminar o relacionamento. “Eu já cheguei a apanhar dele na cara.”

Havia medo, constrangimentos e ameaças. Durante uma viagem com muitas brigas, o ex-monge afirma ter comunicado a Ernani que não queria mais se relacionar com ele.

“Eu tinha que ter relações com ele. Eu não queria. Ele dizia que eu era covarde.”

Ernani estava seguro de que a informação jamais vazaria. “Eu tinha muito medo de contar isso aos outros.”

A vítima disse que não suportava mais e conta uma discussão em tons dramáticos ocorrida em um carro. “Falei: ‘Você não vai fazer mais nada disso’. Eu estava dirigindo em uma grande avenida, em alta velocidade. Falei que, se não parasse, provocaria um acidente. ‘Vou matar eu e você. E eu estou a ponto de provocar um acidente pra gente morrer agora’. Ele percebeu que eu estava falando sério e ficou quieto o trajeto todo.”

A vítima 7 afirma que, depois dessa conversa, começou a ser perseguida por Ernani até que sua permanência no mosteiro se tornou inviável.

Ernani deixa o mosteiro em 2018

Em meados de 2018, dom José Luiz Majella Delgado assumiu a arquidiocese de Pouso Alegre (MG), depois da morte de dom Ricardo, ocorrida em abril daquele ano.

A saída cada vez mais frequente de monges do mosteiro indicava que a crise provocada pelo comportamento de Ernani estava prestes a irromper.

A vítima 1, que já tinha deixado a comunidade, conseguiu burlar o controle de Ernani pela primeira vez e revelou ter sido vítima de abuso sexual praticado pelo padre.

“Ele contou que foi embriagado e que o Ernani tirou a virgindade dele. Isso gerou uma grande revolta. E aí a gente começou a ouvir um irmão reclamar daqui, o outro dali”, afirma a vítima 4.

As evidências e as histórias de abuso sexual fizeram com que as vítimas se mobilizassem em 2018 e se reunissem com o conselho do Mosteiro da Santíssima Trindade para expor o comportamento do “nosso pai”. Naquela altura, Ernani visitava Caldas Novas (GO). A viagem foi presente da comunidade por ocasião do Dia dos Pais, data mais importante para eles. Seu afastamento foi indicado.

Uma investigação interna pela Igreja Católica começou. A reportagem apurou que relatos de ataques sexuais e atos de humilhações cometidos por Ernani chegaram, em um momento posterior, ao conhecimento dos integrantes da Igreja Católica.

O padre negou e passou a acusar a comunidade.

Segundo os relatos, Ernani escreveu uma carta ao arcebispo de Pouso Alegre alegando “cansaço e desmotivação”. Nesse momento, ele teria pedido a dom Majella o seu afastamento. Ele foi levado a uma clínica ligada à Igreja Católica, na região metropolitana de Curitiba.

Meses depois, já em 2019, o padre Ernani Maia dos Reis se mudou para Franca (SP), onde mantém um consultório de psicanálise.

Ernani nunca mais voltou ao Mosteiro da Santíssima Trindade.

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“Quadrilhas do Pix”, sequestro-relâmpago e fraudes monetárias fazem Banco Central acrescentar medidas de segurança

O Banco Central (BC) introduz novas regras para o Pix a partir desta sexta-feira (1º) a fim de diminuir os riscos ao usuário e tornar as transferências mais seguras. As mudanças vão desde limite para depósitos até compartilhamento de dados com instituições de segurança pública. Os bancos e instituições financeiras têm até o dia 4 de outubro para se adequar às alterações.

Em agosto, quando a resolução foi aprovada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o fim da quarentena aumentou o movimento em bares e restaurantes, e, por consequência, a quantidade de golpes também cresceu.

“Quando alguém faz o Pix a uma outra pessoa, para obter o recurso ela precisa de uma conta. Pode ser para uma conta laranja, e temos feito medidas para fazer com que as contas laranjas não aconteçam, ou da própria pessoa. Se for da pessoa, a gente tem os dados de quem fez o crime”, explicou Campos Neto na ocasião.

Disparou também o número de sequestros-relâmpagos e roubos com receptação, as “quadrilhas do Pix”. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, entre janeiro e julho deste ano, houve um aumento de 39,1% nos casos, com 206 boletins de ocorrência relatados e 100 prisões.

“Do ponto de vista tecnológico não existe nada mais seguro do que o Pix. As medidas do Banco Central foram para garantir o outro lado da segurança, ligada aos chamados ataques de engenharia social e segurança pública. A engenharia social é usada quando, por exemplo, alguém manda um boleto se passando pela empresa de telefonia do cliente e desviando esse dinheiro para ela. Os roubos e sequestros-relâmpago são questões sérias de segurança pública. As mudanças feitas no Pix melhoram a segurança nestes dois pontos”, comentou Rodrigoh Henriques, líder de inovações financeiras da Fenasbac (Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central) e coordenador do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT Lab).

Para ajudar a solucionar crimes, o BC definiu que as instituições financeiras serão obrigadas a compartilhar informações de transações suspeitas de envolvimento com atividades criminosas para as autoridades de segurança pública.

Além disso, bancos e instituições de pagamento passam a ser obrigados a sinalizar para o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) contas que contenham indícios de utilização em fraudes. Essa base de dados ficará disponível para consulta para coibir outros crimes envolvendo uma mesma conta suspeita.

Mudanças

A principal mudança é o novo limite de R$ 1 mil para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs), que valerá também para TEDs, transferências entre contas do mesmo banco e cartões de débito. O usuário pode optar por alterar o limite por conta própria ou cadastrar previamente contas que possam receber acima do limite estipulado.

Neste caso, o sistema também apresenta mais uma mudança. Anteriormente, o prazo para que os bancos aumentassem o limite do Pix variava entre uma hora e o dia útil seguinte. Agora, será de mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para efetivar pedido.

Segundo o Banco Central, as novas regras não terão impacto no comércio. “O limite de R$ 1.000 se aplica para pagamentos de um mesmo arranjo de pagamento entre pessoas físicas no período noturno, ou seja, em que pagador e recebedor sejam PFs [pessoas físicas], assim, não há que se falar em esfriar o comércio, pois tal limite não se aplica aos pagamentos a empresas”, afirma o BC em nota.

“Com o conjunto de novidades no Pix, a modalidade tende a subir no comércio. A possibilidade de saque e troco em uma compra, o QRcode do Pagador, além do Pix Garantido e do Débito Automático no Pix são evoluções que ajudam muito o comércio”, disse Rodrigoh Henriques.

Os limites também poderão variar conforme o período do dia, seja diurno ou noturno. Outra mudança entre a noite e o dia será o período de análise para uma transação de risco.

“No que se refere ao Pix, as transações devem ocorrer em até 40 segundos. Mas em caso de transações atípicas com suspeita de fraude as instituições financeiras e de pagamentos podem reter essa transação por um tempo de 30 minutos, caso seja realizada entre 8h às 20h ou 60 minutos, nos restante do dia. Nesse tempo, a instituição pode efetuar procedimentos adicionais de segurança e então analisar se irá rejeitar a transação ou autorizar o seu envio”, explica a autoridade monetária.

Mais novidades pela frente

A partir de 16 de novembro, novas medidas serão implementadas, como bloqueio cautelar, que possibilita a suspensão da conta por até 72 horas da em casos de suspeita de fraude. O banco precisa comunicar o cliente imediatamente após tomar a decisão de reter a conta.

“A opção irá permitir que a instituição realize uma análise de fraude mais robusta, aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários pagadores que foram vítimas de algum crime”, informa o BC em nota.

Com as novas medidas em vigor, as instituições que ofertam o Pix a seus clientes têm o dever de responsabilizar-se por fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos. Essas medidas, na avaliação do BC, criam incentivos para que os participantes aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de fraudes

Além disso, novos critérios para a avaliação da conta em caso de suspeita de fraudes também foram estipulados, sendo estes:

  • a quantidade de notificações de infração vinculadas ao usuário recebedor, à sua chave Pix e ao número da sua conta transacional;
  • o tempo decorrido desde a abertura da conta transacional pelo usuário recebedor;
  • o horário e o dia da realização da transação;
  • o perfil do usuário pagador, inclusive em relação à recorrência de transações entre os usuários; e
  • outros fatores, a critério de cada participante.

s duas atualizações foram bem recebidas pelo Banco do Brasil. “O limite noturno de R$ 1.000,00 e o bloqueio preventivo, somadas às demais medidas propostas pelo Banco Central, são uma forma de reduzir situações de risco e aumentar a possibilidade de recuperação de recurso retirado da conta pelo golpista” disse em nota.

O Nubank também afirmou apoiar as medidas anunciadas pelo BC e reforça que o Pix sempre foi seguro e que, como qualquer sistema, recebe constantes aprimoramentos voltados para usabilidade e segurança.

“O Nubank mantém monitoramento constante dos mecanismos de segurança do aplicativo e das operações realizadas pelos seus usuários, com a frequente implementação de tecnologias que auxiliem neste sentido. A empresa conta, ainda, com equipes dedicadas à prevenção a fraudes, está sempre atualizando e melhorando os processos e sistemas internos e busca orientar os clientes acerca de medidas preventivas nas transações financeiras”, informa.

Vazamento de dados

Na noite de ontem, o Banco Central informou que dados de quase 400 mil clientes do Banco do Estado de Sergipe, o Banese, foram vazados . Segundo a instituição, foi a primeira vez que algo do tipo acontece.

“Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, completa.

O BC diz que adotou as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e aplicará as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente. Além disso, quem teve os dados vazados será notificado pelo banco nordestino.

CBF acata pedido de atletas e desiste de adiar jogos do Brasileirão durante as Eliminatórias

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Flamengo pleiteava, junto à entidade, a prorrogação do torneio nacional até o fim de dezembro

A CBF anunciou nesta sexta-feira que não adiará os jogos dos clubes brasileiros que têm jogadores envolvidos na próxima Data Fifa. A princípio, a entidade pensava em seguir o padrão adotado na última janela de jogos das seleções, porém isso resultaria em um adiamento do término do Campeonato Brasileiro.

A Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) reforçou a necessidade de cumprir acordo feito entre jogadores e Ministério Público do Trabalho para que as férias começassem ainda na primeira quinzena de dezembro. A ideia da CBF era estender os torneios até o dia 29 de dezembro.

Consultados sobre o tema, jogadores de 19 clubes da Série A (excetuando-se os do Flamengo) foram ao encontro do que diz a Fenapaf. Os atletas alegam que precisam de um período mínimo de descanso, uma vez que as temporadas 2020 e 2021 foram emendadas.

A decisão da CBF afeta diretamente Flamengo, Atlético-MG, Palmeiras, São Paulo, Internacional e Grêmio, que comumente cedem atletas para as disputas das Eliminatórias. Vice-presidente de futebol do clube rubro-negro, Marcos Braz, ironizou a decisão da entidade e colocou em suas redes sociais a fala de Juninho Paulista sobre a promessa de pausa do Brasileirão.

O calendário do futebol brasileiro é alvo recorrente de reclamações. O excesso de competições impede que as pausas para a realização de jogos das seleções sejam respeitadas. 2022 é ano de Copa do Mundo. Dessa vez, o torneio será disputado entre novembro e dezembro, o que causará novo impacto no calendário e gera, novamente, diversas discussões sobre como e quando alocar as competições nacionais.

Dirigentes querem evitar que, na a próxima temporada, a conclusão da Copa do Brasil e do Brasileirão podem coincidir com o período de cessão dos atletas para a disputa do Mundial no Catar.

Saiba quem é o influencer brasileiro que comprou a mansão de John Lennon por R$ 25 milhões

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Propriedade está localizada no alto da Mulholland Drive, em Beverly Hills, nos Estados Unidos

O brasileiro Lucas Castellani, de 22 anos, foi o responsável por comprar a primeira casa em que morou o ex-beatle John Lennon, em Beverly Hills, no alto da Mulholland Drive. Segundo publicação do jornal O Globo, a propriedade foi adquirida por cerca de R$ 25 milhões.

No local, o influenciador fez redecoração para adaptar a mansão ao estilo anos 1960. Ao todo, a casa possui três quartos, quatro banheiros e uma jacuzzi integrada à piscina.

Amigo dos famosos

Influente entre famosos como Kim Kardashian, Katy Perry e Lady Gaga, o jovem nascido em Belo Horizonte já acumula cerca de 1,3 milhão de seguidores no Instagram, mostrando o estilo de vida luxuoso.

No entanto, a história de Castellani envolve muito mais ‘glamour’ nos bastidores. Ainda que tenha construído carreira nas redes sociais, parte da riqueza vem de família, já que os pais dele possuem negócios em tecnologia e vinícolas na região da Toscana, na Itália.

A fama nas redes começou quando ele tinha 15 anos e era estudante de uma escola na capital mineira. Na época, ao sofrer bullying na instituição de ensino por ser gay, ele repercutiu no antigo My Space por denunciar as ofensas.

Quando viralizou, teve a identidade revelada, mas logo foi a um intercâmbio em Londres, após acordo com os pais, por conta da depressão.

Foi em terras britânicas onde cursou Administração de Negócios e criou conexões no mundo da moda. Estagiou na Maison Valentino e, após isso, partiu para Los Angeles, nos Estados Unidos. Por lá, teria se tornado assistente pessoal de Paris Hilton.

Atualmente, Castellani compartilhou imagens durante presença no desfile da Balmain, na Semana de Moda de Paris, onde se sentou ao lado de estrelas brasileiras como Isis Valverde e Simaria.

Deputados divergem sobre projeto de lei que reduz ICMS de combustíveis no RN

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Oposição e Governo apresentam argumentos divergentes a respeito da possibilidade de redução do ICMS

O projeto de lei que reduz a taxa de cobrança do ICMS no Estado, apresentado à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte na última quinta-feira 30 pelo deputado estadual Nélter Queiroz (MDB), promete causar grandes discussões entre os parlamentares potiguares. As divergências de opiniões sobre o tema, entre parlamentares governistas e opositores, já começaram antes mesmo do projeto ser discutido.

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) disse que não há espaço para o projeto, uma vez que o ICMS não é a causa dos aumentos abusivos dos preços dos combustíveis, mas sim a política de preços praticados pela Petrobrás há cinco anos, quando passou a seguir o preço internacional do petróleo. “O deputado Nélter joga para a plateia. Há um vício de iniciativa, porque ele não pode propor redução de tributo. A solução definitiva para o preço abusivo dos combustíveis é a mudança da política de preço da Petrobras que segue o preço internacional do petróleo e protege o lucro dos acionistas em detrimento da economia do país e da vida do povo”, disse.

Já o deputado Coronel Azevedo (PSC) considera a iniciativa do colega muito feliz e válida diante do aumento dos preços dos produtos causados pela retomada das atividades e do crescimento do consumo, com o arrefecimento da pandemia. “Entendo que o governo do Estado deve fazer a sua parte, porque a cada mês ele bate o recorde de arrecadação, os salários estão congelados até dezembro desse ano por força de lei. Não há aumento de gasto com pessoal e há incremento da arrecadação. Quando aumenta a inflação, aumenta também, consequentemente, o valor total dos produtos e o arrecadado com o ICMS”, disse Azevedo.

Entenda o projeto

O projeto de lei apresentado por Nélter Queiroz prevê a alteração das alíquotas internas previstas no artigo 27 da Lei estadual nº 6.968/96, para os produtos que especifica. O parlamentar adiantou que o Estado não terá prejuízo e que a população vai ganhar muito com isso. “Pagamos 27% de ICMS em gasolina e álcool e nossa proposta é baixar o índice para 18%. A Lei atual cobra do gás de cozinha e do diesel 18% e nosso projeto pretende baixar para 13%. Claro, a gestão vai dizer que isso vai reduzir a arrecadação estadual, mas não se sustenta, já que, em agosto passado, o Estado arrecadou R$ 142 milhões somente com o ICMS dos combustíveis, disse.

O deputado afirmou ainda que os aumentos de combustíveis que foram feitos pela Petrobras recompensam o Estado. “Essa discussão é muito importante e devemos discutir urgentemente e colocar em prática porque vai melhorar muito a vida da população. Eu sei que a governadora Fátima vai atrasar, mas isso é um benefício ao potiguar, porque, se aprovado, o projeto com certeza será importante e atingirá toda a sociedade do RN”, finalizou

“Se houver 2º turno, apoiaremos Lula contra Bolsonaro”, diz Robério Paulino

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Vereador do Psol estuda a possibilidade de lançar candidatura própria à Presidência da República e que há uma preferência pelo nome do deputado federal Glauber Braga para pré-candidato

“Se houver segundo turno ou a possibilidade de Bolsonaro ganhar, apoiaremos Lula”. A afirmação foi do vereador de Natal Robério Paulino (Psol), sobre o posicionamento político do partido para as eleições de 2022. Ele disse que o Psol estuda a possibilidade de lançar candidatura própria à Presidência da República e que há uma preferência pelo nome do deputado federal Glauber Braga para pré-candidato, caso o partido decida participar do pleito, o que será decidido apenas na Conferência Nacional da sigla, em abril do próximo ano.

“Se ficar claro que Lula ganhará no primeiro turno, não tem sentido para o Psol deixar de lançar seu próprio candidato, pois isso transformaria o partido em um apêndice do PT, o que não somos. O Psol perderia seu próprio sentido de existir. Se houver um segundo turno ou a possibilidade de Bolsonaro ganhar, aí sim, estaremos todos juntos no segundo turno, apoiando Lula para derrotar Bolsonaro e para impedir o crescimento do fascismo em nosso país”, afirmou.

No entanto, Robério Paulino revelou que a aproximação e o aceno positivo do PT para uma possível aliança com o MDB, que teve um papel fundamental no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, causou grande decepção aos integrantes do partido. “Vemos com muita tristeza Lula voltar a se abraçar e costurar alianças com os golpistas, com partidos como o MDB de Temer e do ex-senador Garibaldi Alves. É como se Lula e o PT não tivessem aprendido nada. Os erros do PT, as alianças com os conservadores, as denúncias de corrupção em seus governos, também contribuíram para abrir espaço para Bolsonaro”, disse.

O vereador de Natal explicou que o Psol fez oposição aos governos do PT, mas oposição pela esquerda e que o papel da sigla nas eleições teria um sentido educativo, de levantar a necessidade das grandes reformas estruturais que o Brasil precisa fazer, como as reformas agrária e tributária. “É preciso taxar mais os ricos e aliviar a carga de impostos para os pobres, porque os ricos no Brasil pagam proporcionalmente muito menos que os pobres. Essas reformas, nem Lula nem Dilma tiveram a coragem de fazer. Os governos do PT fizeram coisas importantes sim, como o Bolsa Família, a ampliação dos institutos e das universidades federais, mas não mexeram em questões mais profundas, que perpetuam a pobreza no Brasil”, alertou.

Robério Paulino disse também que existem tentativas, dentro do Congresso Nacional, de impedir a participação de partidos menores como o Psol, o PCdoB, o PSTU e o PCB nas eleições, mas que a federação, votada nos últimos dias no Congresso, onde alguns partidos menores poderão se juntar para seguir existindo, abriu uma brecha nessa discussão. E que o crescimento do Psol nos últimos dias é a prova de que o partido veio para ficar.

“Particularmente, vejo com muita simpatia a possibilidade de fazer, por exemplo, uma federação do Psol com o PCdB, a quem respeito muito. E vi, nos últimos dias, algumas sugestões de saída da deputada Natália Bonavides do PT, por ela ser contra as alianças com o MDB. Pois bem, se isso acontecer, ela será muito bem recebida no Psol, com um imenso carinho. O Psol não existe só para eleições. Somos um partido das ruas e das lutas sociais. Viemos para ficar. Por muito tempo”, finalizou o vereador.

Preço da gasolina em Natal tem maior variação entre capitais e aumenta 11% em um mês, diz ANP

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Preço médio é de R$ 6,681 na capital potiguar, de acordo com levantamento do dia 26 de setembro e 2 de outubro.

Natal tem a gasolina mais cara entre as capitais do país e também registrou a maior variação do preço ao longo de quatro semanas – um aumento de 11,05%.

Os dados são da Síntese Semanal do Comportamento dos Preços dos Combustíveis, divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Naturais e Biocombustíveis (ANP), com levantamento do dia 26 de setembro até este sábado (2).

O preço médio da gasolina tipo C ao longo da última semana ficou em R$ 6,681 em Natal. Logo atrás, no ranking, estão Goiânia (R$ 6,676) e Teresina (R$ 6,660). Para se ter uma ideia, o preço médio do país é de R$ 6,092.

Nas capitais dos estados vizinhos ao Rio Grande do Norte, o combustível é encontrado mais barato. É o caso, por exemplo, de João Pessoa (R$ 5,961), em Fortaleza (R$ 5,936) e Recife (R$ 5,929).

Um motorista que enche o tanque do carro com 40 litros de gasolina em Natal chega a pagar R$ 30 a mais, em relação à mesma quantidade de combustível em Recife, considerando-se os preços médios.

Além de ter o preço mais alto, Natal foi a capital com maior aumento do preço do litro, ao longo de quatro semanas. O crescimento de 11% é bem maior que a média nacional, que foi de 1,42%. A variação no Nodeste foi de 1,41%.

O Rio Grande do Norte terminou a semana com o preço médio da gasolina em R$ 6,627 nas bombas. O valor médio do estado é o terceiro maior do país, ficando atrás do Piauí (R$ 6,650) e do Rio de Janeiro (R$ 6,648).

O aumento do preço médio no estado, que foi de 8,46% em quatro semanas, também foi maior entre as unidades federativas brasileiras.

O RN também tem o maior preço do Diesel S10, do Etanol e do gás de cozinha no Nordeste. Veja a síntese aqui.

Protesto em Natal pede saída de Bolsonaro e redução do preço dos alimentos

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Ato começou por volta das 15h desse sábado (2).

Um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi realizado na tarde desse sábado (2) no bairro Tirol, Zona Leste de Natal.

O ato promovido por partidos de esquerda, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis pediu impeachment do presidente, além de redução do preço dos alimentos e outros itens, como combustíveis e gás de cozinha.

Protesto contra Jair Bolsonaro em Natal cobra redução do preço dos alimentos  — Foto: Ãngela Bezerra/Cedida
Protesto contra Jair Bolsonaro em Natal cobra redução do preço dos alimentos — Foto: Ãngela Bezerra/Cedida

Entre as pautas, os manifestantes também cobraram mudanças na política econômica do governo federal, revogação da reforma da previdência e da lei sobre terceirizações e vacinação da população.

Eles começaram a se concentrar para o ato por volta das 15h em frente ao shopping Midway Mall e saíram em passeata por volta das 17h, pela avenida Salgado Filho, no sentido à Zona Sul da capital.

Manifestantes fazem ato contra o presidente Jair Bolsonaro em Natal. — Foto: Samuel Florêncio/Inter TV Cabugi
Manifestantes fazem ato contra o presidente Jair Bolsonaro em Natal. — Foto: Samuel Florêncio/Inter TV Cabugi

Parte da avenida Salgado Filho teve o trânsito fechado durante a manifestação, que acabou por volta das 18h.

A maioria dos manifestantes usaram máscaras para a proteção contra a Covid-19, mas muitos não respeitaram distanciamento.

Pela manhã, um ato também foi registrado em Mossoró, no Oeste potiguar. Os manifestantes fizeram uma caminhada por algumas avenidas do centro da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte.

Ato tem passeata contra Jair Bolsonaro em Natal — Foto: Samuel Florêncio/Inter TV Cabugi
Ato tem passeata contra Jair Bolsonaro em Natal — Foto: Samuel Florêncio/Inter TV Cabugi
Manifestantes usa cartaz contra aumento dos preços de alimentos e outros insumos em Natal.  — Foto: Julianne Barrêto/Inter TV Cabugi
Manifestantes usa cartaz contra aumento dos preços de alimentos e outros insumos em Natal. — Foto: Julianne Barrêto/Inter TV Cabugi

Vídeo: Homem com farda de operário assalta trabalhadores em Natal

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Crime aconteceu na manhã desse sábado (2) na Zona Norte da cidade. Duas motos roubadas pelo criminoso foram recuperadas.

Trabalhadores foram assaltados por um homem que estava vestido com uma farda de operário, no início da manhã deste sábado (2), na Zona Norte de Natal.

Segundo a Polícia Militar, duas motos foram roubadas em uma espaço de tempo de 10 minutos, mas foram recuperadas. O suspeito conseguiu fugir.

Um dos assaltos foi registrado por câmeras de segurança. Um homem chega ao local de trabalho em uma moto e passa por um homem com roupa de operário, que caminha pela rua no conjunto Santarém.

O homem a pé é um assaltante que passa pela vítima e volta segundos depois, correndo e com arma em punho. Ele aborda o trabalhador na moto e dois colegas dele, toma aparelhos celulares e outros objetos e foge em seguida.

De acordo com a PM, o assaltante chegou a roubar outra moto e abandonou as duas em um terreno baldio. Ambas foram recuperadas pelos militares do 4º Batalhão da PM e devolvidas aos donos.

Apesar disso, o suspeito e o restante do material roubado não foram recuperados.

Padre é assaltado na porta de igreja e carro da paróquia é roubado em Natal

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De acordo com relatos, o criminoso desceu de um veículo e dirigiu-se até o sacerdote, que teve pertences, como o celular, roubados

Um padre foi vítima de assalto na manhã deste sábado 2, no conjunto Cidade Verde, no bairro de Capim Macio, na Zona Sul de Natal.

A abordagem criminosa foi realizada assim que o sacerdote chegou à uma igreja da Paróquia de São Mateus Moreira.

De acordo com relatos, o criminoso desceu de um veículo e dirigiu-se até o padre, que teve pertences, como o celular, roubados.

Além disso, o assaltante, que estava armado, tomou posse da chave do carro que estava com o padre, que faz parte de uma paróquia em Parnamirim, na Grande Natal.

O criminoso fugiu no veículo da igreja, e ainda não foi identificado. Não se sabe, também, quantos criminosos prestaram apoio à ação de dentro do carro que trouxe o criminoso que conduziu o assalto.

Ninguém ficou ferido.

Não foi publicizado o que motivo que fez o sacerdote ir até a igreja na capital.

São Mateus Moreira foi um dos trinta mortos identificados no massacre de Cunhaú e Uruaçú, cujos mártires são celebrados neste domingo 3. A data é feriado estadual no Rio Grande do Norte.

OURO BRANCO: VI — Cavalgada do Divino Espirito Santo será realizada na manhã desse domingo (03)

As cavalgadas no Brasil surgiram durante o processo de ocupação de territórios, entre os séculos 17 e 18.

Acontecerá na manhã desse domingo (03), a VI — Cavalgada dos Devotos do Divino Espirito Santo em Ouro Branco – RN, o município está comemorando o dia do seu padroeiro. A tradicional festa do padroeiro de Ouro Branco teve início na manhã desta quinta-feira (30) e vai até dia 10 de outubro.

A alegria, fé e confraternização irão tomar conta das ruas de Ouro Branco durante o percurso de cerca de 6 km. A saída da cavalgada será da rua de baixo onde vai ser ofertado um café da manhã, após o café será feito um desfile pelas ruas da cidade e logo após o desfile os vaqueiros se reunirão em frente a Igreja Matriz para receberem as bênçãos do Divino Espirito Santo, a cavalgada seguirá até o Parque Romão que fica a cerca de 5 km da cidade.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

Contra crime sexual sistêmico, papa muda Código de Direito Canônico

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O papa Francisco determinou que, a partir de dezembro de 2021, o abuso sexual cometido por clérigos contra adultos também deva ser tipificado e criminalizado.

A diretriz define, ainda, que bispos e superiores religiosos possam ser responsabilizados por omissão ou negligência, entre outras mudanças. As denúncias passam a ser obrigatórias para evitar acobertamentos. A punição pode ser a demissão do estado clerical.

“Os crimes de abuso sexual ofendem Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e lesam a comunidade dos fiéis. Para que tais fenômenos, em todas as suas formas, não aconteçam mais, é necessária uma conversão contínua e profunda dos corações, atestada por ações concretas e eficazes que envolvam a todos na Igreja, de modo que a santidade pessoal e o empenho moral possam concorrer para fomentar a plena credibilidade do anúncio evangélico e a eficácia da missão da Igreja”, diz a carta apostólica sob forma de motu próprio “Vos estis lux mundi”, assinada pelo papa Francisco.

Documentário “Nosso Pai”

Em reportagem publicada ontem, o UOL revelou que o padre Ernani Maia dos Reis, líder do mosteiro Santíssima Trindade, localizado em Monte Sião (MG), é acusado de assediar e violentar sexualmente oito monges, durante os anos de 2011 e 2018. Ele nega a acusação.

A apuração do núcleo investigativo também resultou no documentário “Nosso Pai”, lançado pelo MOV, selo de produções audiovisuais do UOL.

A arquidiocese de Pouso Alegre (MG), à qual o religioso estava submetido, afirma que a igreja não se omitiu na questão. O próprio padre pediu afastamento do mosteiro em agosto de 2018, após os primeiros relatos de abusos chegarem ao conhecimento de uma investigação interna da Igreja Católica. Ele mora, atualmente, na cidade de Franca (SP), onde exerce a profissão de psicanalista.

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Padre Ernani Maia dos Reis é acusado de assediar e violentar sexualmente oito monges em Minas Gerais Imagem: Reprodução Internet

Medida vale a partir de dezembro

A nova disposição passa a valer a partir de dezembro de 2021, após 14 anos de estudos.

O Código de Direito Canônico previa como delito apenas casos envolvendo crianças e adolescentes.

Vale lembrar que crimes sexuais contra adultos já estão previstos no Código Penal brasileiro, a exemplo de violência sexual mediante fraude (artigo 215) e assédio sexual (artigo 216A).

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Antiga sede do Mosteiro Santíssima Trindade, em Monte Sião (MG) Imagem: Reprodução

O caso McCarrick

O escândalo mais recente de uma alta autoridade da Igreja Católica envolvida em abusos sexuais de adultos é o caso do ex-cardeal e ex-arcebispo de Washington Theodore McCarrick, que se tornou público em 2018, quando renunciou ao cardinalato e as investigações começaram.

A Cúria Romana o considerou culpado em fevereiro de 2019. Ele recebeu a pena de demissão do estado clerical, deixando de ser membro do clero católico e passando à condição de leigo.

Foi o mais alto clérigo católico a ser laicizado nos tempos modernos e a primeira vez na história da Igreja Católica que um cardeal perdeu o título por abusos sexuais.

A história foi revelada pelo jornal The New York Times em 2018. A reportagem obteve evidências de que um seminarista adulto foi abusado em 1994, relatou ao superior, que avisou o núncio papal, Gabriel Montalvo Higuera, e a informação chegou ao papa João Paulo 2º. O papa Bento 16 também foi advertido de que os abusos aconteceram por décadas.

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Theodore McCarrick renunciou ao posto de cardeal após acusações de abusos sexuais nos EUA Imagem: Max Rossi/Reuters

Escândalo em Boston

O marco mais importante relacionado a abusos sexuais cometidos por membros do clero da Igreja Católica aconteceu em 2002 e foi revelado pelo núcleo investigativo do jornal The Boston Globe, o Spotlight.

A equipe de jornalistas descobriu que o arcebispo de Boston, Cardeal Law, sabia que o padre John Georghan abusava sexualmente de crianças por décadas e nada fez a respeito. A investigação avançou e listou 87 padres que cometeram violações. O cardeal estava ciente de todos esses casos. Após a publicação do escândalo, outros casos vieram à tona nos Estados Unidos e em outros países.

“O escândalo continua se espalhando até hoje, não vai parar tão cedo. Talvez nunca acabe. É um problema sistêmico”, afirma o repórter investigativo Michael Rezendes em entrevista ao UOL.

Rezendes trabalhou na reportagem que recebeu o Prêmio Pulitzer de Serviço Público em 2003 por sua investigação. Depois do primeiro bloco de reportagens, ele trabalhou em outras denúncias de violações sexuais de padres e clérigos da igreja. Atualmente, é repórter investigativo na agência de notícias Associated Press.

“O impacto mais positivo que tivemos foi o efeito libertador para dezenas de milhares de vítimas do mundo inteiro. Estavam sofrendo em silêncio, se sentiam responsáveis de alguma forma. Quando publicamos a reportagem, as vítimas perceberam que não estavam sozinhas, que não tinham culpa.”

Rezendes é coautor do livro “Traição: A Crise na Igreja Católica” e um dos autores de “Pecado contra os Inocentes: Abuso Sexual de Padres e o Papel da Igreja Católica”.

“O jornalismo é fundamental em revelar histórias como essas. Se não fosse pelo jornalismo, esses casos não viriam a público, continuariam sendo um segredo gigantesco e abominável. E essas dezenas de milhares de pessoas continuariam sofrendo em silêncio.”

A denúncia publicada pelo Boston Globe fez com que a Justiça americana tomasse atitudes mais incisivas em relação à igreja. Por isso, passou a exigir indenizações.

mike - Reprodução - Reprodução
Igreja Católica não age com transparência em casos de abusos sexuais, afirma jornalista Mike Rezendes Imagem: Reprodução

Indenizações de bilhões de dólares

Segundo o site Bishop Accountability, especializado em documentar abusos da Igreja Católica nos Estados Unidos, de 1986 a 2011 a instituição americana pagou, em acordos ou em juízo, quase US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 13,6 bilhões) às vítimas de pedofilia de seu clero. Entre 2004 e 2020, 29 dioceses católicas americanas declararam falência causada por essas indenizações.

Mas, nesses 20 anos, muito pouco mudou em relação ao acobertamento praticado pelas instâncias da Igreja Católica responsáveis pelos membros do clero. Até hoje é difícil ter acesso aos documentos e processos da igreja relacionados a casos de abuso, já que o Vaticano controla todo o processo.

“Eu acho que praticamente em todos os casos, em todas as situações, no mundo inteiro, a igreja faz tudo o que pode para acobertar a responsabilidade pelo abuso, oculta documentos e não é transparente. Os documentos só se tornam públicos quando há intervenção judicial”, afirma Rezendes.

O jornalista critica a atitude do papa Francisco, que tem feito “bons discursos, pedido desculpas, mas que substancialmente não fez nada muito significativo para os sobreviventes”. “Muitos estão decepcionados com o que o papa Francisco de fato fez em contraposição com o que disse.”

Rezendes diz que seria importante a participação de entidades externas que pudessem acompanhar e dar transparência aos casos de abuso sexual. Sem isso, seguem ocorrendo.

casinha - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Casa do Padre Ernani Maia dos Reis, na antiga sede do mosteiro da Santíssima Trindade, em Monte Sião (MG) Imagem: Arquivo Pessoal

O caso Karadima

Na América Latina, o caso do padre Fernando Karadima é emblemático. Tornou-se conhecido também por meio de denúncias na imprensa. Em 2010, o jornal The New York Times publicou os relatos de duas vítimas do padre Karadima. Os periódicos chilenos La Tercera e The Clinic revelaram as denúncias em abril do mesmo ano.

Dias depois, cinco vítimas contaram sobre os abusos sexuais e psicológicos sofridos na adolescência em um programa na Televisão Nacional do Chile. Para a Justiça, foi tarde demais. Apesar de ter sido considerado culpado, os crimes estavam prescritos. O Vaticano havia recebido a primeira denúncia em 2004.

Outros membros do clero sabiam do que ocorria e não levaram as denúncias adiante. Sete bispos chilenos renunciaram. Há evidências de que o padre cometia abusos desde 1955. Karadima foi expulso da igreja em 2018, pelo papa Francisco, depois de sete anos de investigação interna.

“Além do simbólico, do reparador que pode ser para as pessoas que sofreram os abusos, tem um toque de esperança muito forte que estejam sendo criados ambientes mais seguros para os jovens e crianças e que estas coisas não passem ao futuro”, disse Juan Carlos Hermosilla, advogado das vítimas de Karadima. O ex-padre morreu em julho deste ano.

Veja o segundo episódio do documentário “Nosso Pai”:

Brasil fatura quase R$ 350 mi na Libertadores com final Fla x Palmeiras

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Os clubes brasileiros faturaram quase 40% da premiação paga pela Conmebol na Libertadores 2021. Os 47 participantes dividiram um total de US$ 168,3 milhões (R$ 915,4 milhões) e a final entre Flamengo e Palmeiras definiu a quantia para os filiados da CBF: US$ 63,9 milhões (R$ 348 milhões), ou 38% do montante para oito times (equivalente a 17% dos concorrentes).

A concentração de dinheiro no Brasil é reflexo do desempenho dos clubes, que têm chegado em maior número às fases mais avançadas e faturado mais —houve considerável aumento na porcentagem ganha pelos times daqui nos últimos anos.

Isso, como já mostrou a coluna, tem causado desconforto em outras confederações, que não veem como combater o poderio econômico do Brasil (mais do que a Argentina) e gostariam de alguma solução da Conmebol.

Uma das ideias é que a confederação aumente proporcionalmente igual as cotas pagas por participação em fases intermediárias daquelas repassadas aos finalistas —não é certo que para 2022 haverá reajuste. Em 2021, por causa das perdas econômicas causadas pela pandemia, não houve aumento.

É descartada qualquer mudança no número de brasileiros participantes ou em regulamento, que bloqueie, por exemplo, times do mesmo país em fases finais, como já ocorreu. Comercialmente para a Conmebol é importante ter muitos brasileiros e argentinos no torneio e se a final for entre eles, melhor ainda.

Grana

Em 2021, com oito participantes, os clubes brasileiros embolsaram US$ 63,9 milhões dos US$ 168,3 milhões distribuídos (38%). Em 2020, com o mesmo número de clubes presentes e de valor total de cotas, os times do Brasil ganharam US$ 58,2 milhões (32%), quase US$ 6 milhões a menos do que nesta temporada. Nos dois anos, a final única foi exclusivamente entre brasileiros, mas em 2020 a participação em etapas intermediárias foi pior.

Já em 2019, também com oito participantes, mas dividindo um total de US$ 161,9 milhões, os brasileiros faturaram US$ 42,15 milhões, equivalente a 26% da premiação, porcentagem bem inferior aos 38% de 2021 —em 2019, a final foi entre Flamengo e River Plate, a primeira em formato de jogo único, em Lima.

No ano anterior, com a decisão entre River e Boca Juniors (Palmeiras e Grêmio caíram nas semifinais), os brasileiros faturaram US$ 23,95 milhões de um total distribuído em cotas de US$ 103,85 milhões, ou 23% do montante.

A diferença se dá porque tem mais brasileiros em campo, e porque eles avançam mais no torneio, mas também porque os últimos aumentos de cotas foram proporcionalmente bem maiores para aqueles que chegam às fases finais. Isso esportivamente faz sentido, já que você premia os melhores, mas, na visão das federações menores, acaba privilegiando justamente quem já é mais rico e consegue formar times e estruturas mais fortes.

Por exemplo: a cota da fase de grupos, que é de US$ 3 milhões, não aumenta desde 2019, quando cresceu 65% comparado com 2018. No mesmo ano, o campeão teve acréscimo de 100% na premiação, de US$ 6 milhões para US$ 12 milhões, e de mais 25% em 2020, de US$ 12 mi para US$ 15 mi.

Oitavas, quartas e semis tiveram acréscimo para quem chegasse nessas fases de 30% a 40% de 2018 para 2019, e quartas e semis, de 20 a 25% de 2019 para 2020 —as oitavas, como a fase de grupos, não tem aumento desde 2019. O vice-campeão teve premiação dobrada de 2018 para 2019 (US$ 3 mi para US$ 6 mi), mas que ficou congelada em 2020 e 2021.

PREMIAÇÃO DOS BRASILEIROS NA EDIÇÃO 2021 (EM US$):

Flamengo – mínimo de 13,55 milhões (vice), máximo de 22,55 milhões (campeão)
Palmeiras – mínimo de 13,55 milhões (vice), máximo de 22,55 milhões (campeão)
Atlético-MG – 7,55 milhões (semifinal)
Fluminense – 5,55 milhões (quartas)
São Paulo – 5,55 milhões (quartas)
Inter – 4,05 milhões (oitavas)
Santos – 4,05 milhões (grupos e fase preliminar)
Grêmio – 1,05 milhão (segunda fase)

Novo 007 chega hoje aos cinemas; relembre os principais filmes desde 1962

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“007: Sem Tempo Para Morrer” marca a despedida do ator britânico Daniel Craig no papel do agente secreto James Bond

Quase 60 anos após a estreia do primeiro filme de James Bond, “Contra o Satânico Dr. No” (1962), o agente secreto mais famoso do cinema retorna para o lançamento do 25º filme da sequência de 007. O novo “007:Sem Tempo Para Morrer” chega aos cinemas nesta quinta-feira (30) como uma das estreias mais aguardadas do ano.

O longa marca a despedida do ator britânico Daniel Craig no papel do agente secreto; ele atua como Bond desde 2006. Craig interpretou o espião nos sucessos “Cassino Royale”, “Quantum of Solace”, “Operação Skyfall”, “Contra Spectre” e agora encerra a sequência com “Sem Tempo para Morrer”.

O icônico agente secreto foi interpretado por Sean Connery de 1962 a 1967, depois Connery fez sua despedida como James Bond em 1971, no “007-Os Diamantes são Eternos”. Entretanto, o ator aceitou o convite de em 1983 gravar o “007 – Nunca Mais Outra Vez”, embora o filme não seja original da série.

Em 1969, o ator George Lazenby fez o papel de Bond uma única vez, em “007-A Serviço Secreto de sua Majestade”.

Roger Moore interpretou o espião de 1973 a 1985; Timothy Dalton de 1987 a 1989 e Pierce Brosnan de 1995 a 2002. O atual James Bond, Daniel Craig, começou a gravar a sequência em 2006 e afirmou que irá se aposentar do papel de agente secreto neste ano.

No total, são 25 filmes de uma das sequências de maior sucesso do cinema. Relembre as principais cenas na galeria de fotos abaixo.