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Extraditado, suspeito de atacar a sede do Porta dos Fundos está preso no RJ

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Extraditado, suspeito de atacar a sede do Porta dos Fundos está preso no RJ
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Empresário foi identificado como um dos responsáveis por atirar coquetéis molotov na fachada da produtora em dezembro de 2019; ação seria uma represália ao especial natalino que retratou Jesus como gay

Após ser extraditado da Rússia para o Brasil, na última quarta-feira (2), o empresário e economista Eduardo Fauzi Richard Cerquise, acusado de um atentado contra a sede da produtora Porta dos Fundos, em dezembro de 2019, está detido no Presídio José Frederico Marques, no Rio de Janeiro.

Em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (4), a juíza Ariadne Villela Lopes negou o relaxamento da prisão preventiva solicitado pela defesa de Fauzi.

O economista foi escoltado por policiais federais em um voo do Aeroporto Internacional de Vnukovo, em Moscou, até o Rio. Em nota, a PF afirmou que a extradição é “resultado de um esforço conjunto do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério de Relações Exteriores e da Polícia Federal”.

Durante a audiência de custódia, a defesa de Fauzi alegou que em razão da tramitação do processo ter sido transferida da Justiça federal para a estadual, o mandado de prisão teria perdido a validade. Porém, a juíza Ariadne Villela justificou excesso de prazo e avaliou que que esta análise caberá ao juízo responsável pelo processo.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juízo da 2ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com validade até 10/01/2041. O Ministério Público também já havia se manifestado pela manutenção da prisão preventiva.

O advogado de Fauzi, Diego Rossi, disse à CNN que “entende que não há uma ordem de prisão expedida por um juiz competente. É totalmente descabida a decisão da juíza de custódia de manter a segregação cautelar (prisão)”.

Fauzi foi detido pela Interpol em Moscou em setembro de 2020, onde permaneceu até a Justiça autorizar a extradição. Ele foi identificado por câmeras de segurança como um dos responsáveis por atirar coquetéis molotov (artefato explosivo feito com uma garrafa com gasolina e um pavio aceso) na fachada da produtora. A ação seria uma represália ao especial natalino da produtora que retratou Jesus como gay.

Antes de ser localizado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, o empresário fugiu para a Rússia. Em seguida, a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) emitiu uma ordem de captura.

Retorno de processo

O processo tramitava na Justiça federal, contudo, o desembargador Marcello Ferreira de Souza Granado, decidiu que Fauzi não seria mais acusado do crime de terrorismo, conforme havia sido pedido pelo Ministério Público Federal (MPF).

Assim, o caso saiu da competência da Justiça federal e os autos retornam para o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

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