|
Getting your Trinity Audio player ready...
|
Postos nas cidades de Jordão e Marechal Thaumaturgo registraram uns dos maiores preços cobrados no país em razão de dificuldades logísticas e escassez.
Em dias de bom movimento, o taxista Venâncio de Lima Silva, 56 anos, costumava realizar mais de 20 corridas no município acreano de Jordão. Com o reajuste no preço dos combustíveis, impactado pela disparada do valor do petróleo no mercado internacional em meio à guerra na Ucrânia, ele transportou apenas dois passageiros nesta sexta-feira e decidiu parar. O litro da gasolina é vendido a R$ 11,56 em um dos postos da cidade, um dos mais caros do país, e pesa no orçamento da população.
— Estou pensando em parar (de vez). Não tem condições. Se começar a passar para o consumidor, ele não tem como pagar — admite Silva.
Em ambas as corridas feitas nesta sexta-feira, quando o aumento no preço da gasolina e do diesel nas refinarias anunciado pela Petrobras entrou em vigor, Silva cobrou o valor praticado antes do reajuste. Segundo ele, passageiros preferem ir a pé a pagar mais caro. No município, os taxistas são independentes e não trabalham com taxímetro.
— Quando cobrei R$ 5 a mais, a pessoa desistiu. Se for mais caro, não pegam táxi.